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Uma empresa de transporte público processou a família de uma senhora que foi atropelada por um ônibus. A mulher, de 65 anos, morreu após o atropelamento no terminal da Parangaba na cidade de Fortaleza (CE). A empresa Vega, responsável pelo ônibus, ajuizou uma ação contra a família dela.

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Em entrevista ao jornal Tribuna do Ceará, o filho da idosa contou que a companhia recorreu à Justiça para cobrar os prejuízos causados ao ônibus e pelo tempo que o veículo ficou parado para manutenção. Porém, nesta quarta-feira (29), a Vega reavaliou o caso e desistiu da ação.

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O atropelamento, segundo o jornal cearense, ocorreu no dia 1° de março, quando a vítima tentava atravessar de uma plataforma do terminal para a outra. A pedestre foi socorrida e encaminhada para o hospital, mas após 10 dias internada não sobreviveu.

Em nota divulgada pela Vega no dia do acidente, a idosa tentou realizar uma travessia fora da faixa de pedestre e o “motorista estava na velocidade permitida para dentro do terminal, trafegando com menos de 20 km, conferida no GPS. Ele tentou frear, mas a senhora infelizmente bateu na parte dianteira do veículo”.

A empresa também alega que o motorista do ônibus é capacitado e realizou diversos treinamentos, como Comportamento e Atitudes Eficazes no Trânsito (Direção Defensiva), Qualificação para Atendimento ao Idoso e Relações Humanas e Trabalho em Equipe.

Ainda na nota, a empresa afirmou que estava tomando todas as providências cabíveis e necessárias para atender a todos os envolvidos no “lamentável acidente” e que disponibilizaria todos os recursos para que os familiares recebessem os devidos cuidados.

Mas conforme relato do filho da vítima, Fábio Feijó, apresentado em vídeo na sua rede social “a empresa de ônibus entrou com uma ação contra a gente pedindo o pagamento dos dias em que o ônibus ficou parado e com os danos. Mandou uma pessoa [para conversar], mas passou cerca de cinco minutos, e foi para dizer que a culpa não era dela. Nós não entramos em nenhuma ação contra a empresa, não queríamos estender essa dor. Então fica esse relato e a reflexão pra saber se isso realmente é justo”.

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De acordo com a entrevista de Feijó, cedida a Tribuna do Ceará, o valor de indenização cobrado pela empresa seria em torno de R$ 3 mil. Após a desistência da empresa, o filho da senhora, não quer mais falar a respeito da ação.

Sobre a mudança de posicionamento, a empresa de ônibus divulgou a seguinte nota: “A Vega vem a público esclarecer que reavaliou o caso e pediu a desistência do processo”.

Colaborou: Felipa Pinheiro