O empresário Vanderson Benedito Correa foi condenado a 25 anos de prisão em regime inicial fechado pelo assassinato da advogada Katia Regina Leite. A vítima prestava serviços para a ex-esposa de Correa e foi morta na frente da sua casa com cinco tiro na cabeça em 2010. O caso teve grande repercussão entre a advocacia paranaense por envolver prerrogativas profissionais e violência contra a mulher.
Assassinato de advogada por ex-marido de cliente vai ao Tribunal do Júri
Katia Regina Leite foi morta na frente de casa. Para acusação, crime teria ocorrido por vingança pela atuação da profissional
Leia a matéria completaO julgamento no Tribunal do Júri durou 32 horas e se encerrou por volta da 1h deste sábado (23). Foram ouvidas 11 testemunhas.
A acusação sustentava que Vanderson teria sido o mandante do assassinato de Katia porque pretendia se vingar da atuação da advogada, havia solicitado à Justiça medidas protetivas para a ex-esposa dele e prisão por falta de pagamento de pensão. Testemunhas, como um dos filhos da vítima e seu ex-companheiro, relataram que ela sofria ameaças de Vanderson.
A seccional da Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná (OAB-PR ) atuou como amicus curiae (parte interessada) na causa e acompanhou todo o andamento do julgamento. Para o presidente da OAB-Paraná, José Augusto Araújo de Noronha, o crime contra a vida de Katia foi “bárbaro” e atingiu toda a advocacia.
A presidente da Comissão da Mulher Advogada, Luciana Sbrissia Bega, ressalta a relevância do caso para a advocacia por envolver tanto violência contra a cliente, quanto contra a profissional advogada. Coincidentemente, 2016 é o Ano da Mulher Advogada.
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