O debate sobre até que ponto podem ir os advogados no contato com autoridades envolvidas em casos que eles atuam foi estimulado após o encontro do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, com advogados de réus na Operação Lava-Jato. O Estatuto da OAB garante aos advogados o direito a reuniões com magistrados sem hora marcada. Mas será que o mesmo vale para um ministro de Estado que, no caso, chefia a Polícia Federal?
Sejam reuniões com magistrados ou com ministros do Executivo, é preciso se lembrar que há outras partes envolvidas que devem ter equidade no tratamento. Além disso, em casos como o da Lava Jato, que é de interesse de toda a sociedade, os procedimentos relacionados à investigação, especialmente daqueles que são agentes públicos, devem ter publicidade.
Nesse tipo de debate não se pode esquecer que não está em questão apenas a legalidade, mas também a moralidade e a ética de determinados comportamentos.
Confira nesta edição a opinião de juristas sobre as reuniões de advogados com autoridades e o modo como elas devem ser realizadas.
Esta sema, também trazemos uma entrevista feita com dois juristas norte-americanos, Sanford V. Levinson, da Universidade do Texas, e Frank Michelman, da Universidade de Harvard. Eles falam sobre o desafio de se fazer alterações na Constituição dos Estados Unidos e como isso afeta a democracia no país. Para eles, o fato de a Constituição do Brasil ter sido emendada tantas vezes desde 1988 não representa necessariamente um problema.
Boa leitura!
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Ataque de Israel em Beirute deixa ao menos 11 mortos; líder do Hezbollah era alvo