| Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil/Agência Brasil

Advogadas e advogados do Paraná contestam a afirmação do ministro da saúde, o paranaense Ricardo Barros, sobre saúde e trabalho e consideraram seu argumento “discriminatório”. Durante a divulgação de um programa de saúde voltado para o público masculino, Barros disse que os homens cuidam menos da saúde porque “trabalham mais do que as mulheres e são os provedores” das casas brasileiras.

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“Os advogados e advogadas paranaenses manifestam sua indignação com as declarações feitas pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, nas quais supervaloriza a capacidade de trabalho dos homens em detrimento das mulheres”, diz a notas da diretoria da OAB-PR e da Comissão da Mulher Advogada.

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Para a Ordem, o argumento do ministro é “discriminatório, infundado, e não condiz com a realidade das condições de trabalho das mulheres brasileiras”.

Representantes da entidade afirmaram, ainda, que defendem a igualdade de gênero e que a OAB “lutará contra toda e qualquer discriminação, bem como pela ampliação do espaço já conquistado pelas mulheres com dignidade e merecimento”.

IBGE

Apesar da declaração do ministro, dados do IBGE indicam que as mulheres trabalham mais do que os homens. Em 2014, a dupla jornada feminina passou a ter cinco horas a mais, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Nos últimos dez anos, os homens viram sua jornada fora de casa cair de 44 horas semanais para 41 horas e 36 minutos.