O juiz Sérgio Moro, responsável por todas as ações da Operação Lava J ato, revogou a prisão temporária de três investigados por participar no esquema de desvio de dinheiro da Petrobra s. Foram beneficiados Lucélio Góes, filho do doleiro Mário Góes, e Dario Teixeira Alves Junior e Sonia Mariza Branco, suspeitos de serem subordinados do lobista Adir Assad
Em seu despacho, Moro sustenta a revogação da prisão temporária de Teixeira e Sonia com o argumento de que ambos eram apenas subordinados do empresário Adir Assad – preso preventivamente na última segunda-feira (16). A revogação da prisão de Lucélio Góes é sustentada por Moro com o argumento de que ele era subordinado ao pai no esquema – o operador Mário Góes, preso na deflagração da nona fase da Operação.
Cerca de R$ 84 milhões foram desviados da Repar, segundo denúncia do MPF
Em ambos os casos, o juiz afirma que a prisão temporária, que tem prazo máximo de cinco dias, cumpriu seu objetivo de “preservar a colheita da prova”. Ele também considera que as provas poderiam impor aos investigados um pedido de prisão preventiva, mas pondera que, “como medida extrema e a bem da presunção de inocência, não deve ela ser prodigalizada, devendo ser reservada àqueles com participação mais relevante na prática dos crimes”.
Os três réus libertados nesta sexta-feira (20) ficam obrigados pela Justiça a comparecer a todos os atos do processo, não deixar a residência por mais de 30 dias e não mudar de endereço sem a autorização prévia da Justiça e não deixar o país. “O descumprimento das medidas cautelares poderá ensejar a decretação da prisão preventiva”, diz o despacho.
Lucéilio Goes, Dario Teixeira Alves Junior e Sonia Branco foram presos na última segunda-feira (16), na décima fase da Operação Lava Jato, batizada de Que País é Esse?. Eles também foram denunciados pelo Ministério Público Federal por envolvimento no esquema de desvios de recursos da Petrobras. Teixeira e Sonia são acusados de participar da lavagem de dinheiro de obras da Repar, no Paraná. Já Góes é acusado de participar da lavagem de recursos de outras três obras da Petrobras.
Dois presos durante a deflagração da 10ª fase da Operação continuam presos na carceragem da PF em Curitiba. O ex-diretor da Petrobras Renato Duque e o empresário Adir Assad tiveram prisões preventivas decretadas, portanto não têm data para deixar a prisão.