• Carregando...

A Justiça autorizou a quebra do sigilo bancário e a indisponibilidade de todos os bens dos presos na Operação Aquarela. Três das 19 pessoas detidas durante a ação policial foram ouvidas pela primeira vez na tarde desta sexta-feira (15) pela Polícia Civil do Distrito Federal e por promotores de Justiça.

Um deles é o secretário-geral da Associação Nacional dos Bancos, Juarez Lopez Cançado, que, segundo a polícia, é dono de uma editora que funciona apenas de fachada e de uma empresa de tecnologia que também estaria envolvida no esquema.

O assessor de imprensa de dois presos ouvidos nesta sexta, Cleinaldo Simões, explicou o trabalho deles. "Eles atuam em uma empresa do mercado financeiro", limitou-se a informar.

A Operação Aquarela investiga denúncia de lavagem de dinheiro. Segundo investigações do Ministério Público, o Banco de Brasília (BRB) contratava empresas sem licitação. Essas empresas, por sua vez, contratavam Organizações Não-Governamentais (ONGs). Apesar disso tudo, nenhum serviço era feito.

Acareações

Para completar as investigações, foram feitas acareações. O ex-presidente do BRB Tarcício Franklin de Moura, apontado pela polícia como a peça-chave do esquema, foi ouvida novamente nesta sexta-feira (15). Com ele foram apreendidos 101 relógios, cada um valendo cerca de R$ 60 mil, além de US$ 250 mil em espécie, na sede do BRB.

"É todo o patrimônio que ele tem e que está declarado no Imposto de Renda. Ele já prestou depoimento e negou todas essas acusações e provará a sua inocência no decorrer do processo", informou o advogado Bruno Rodrigues, que defende Tarcísio Moura.

Os promotores também ouviram, novamente, o major da Aeronáutica Fabrício Ribeiro dos Santos, que também foi preso. Ele é apontado como presidente de uma das ONGs envolvidas no esquema.

Liberdade

Os promotores de Justiça não descartam a possibilidade de que alguns presos, que já colaboraram com as investigações, sejam soltos antes de terça-feira (19), quando acaba o prazo da prisão temporária. Já outros podem ter a prisão prorrogada.

Todo o material apreendido - cerca de três caminhões, com documentos e computadores - será analisado por uma equipe montada pelo Ministério Público e a Polícia Civil a partir de segunda-feira (18).

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]