O ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf e a esposa dele, Sylvia, foram interrogados nesta sexta-feira pelo juiz federal substituto Douglas Camarinha Gonzales, da 2ª Vara Criminal Federal. Os Maluf foram questionados a respeito da existência de 1,7 milhões de euros em seis contas na França. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), os valores não foram declarados à Receita Federal e o casal responderá pelo crime de lavagem de dinheiro. O dinheiro está bloqueado por ordem de autoridades francesas.
Maluf admitiu durante o interrogatório a propriedade de uma das seis contas, mas disse que tais valores foram devidamente declarados à Receita Federal. O ex-prefeito negou que as outras cinco contas, que segundo o MPF estão em nome de Sylvia, pertençam a eles. Uma dessas contas teria recebido valores provenientes do paraíso fiscal de Luxemburgo, pequeno país europeu. O interrogatório durou cerca de três horas e segundo fontes ouvidas pela reportagem transcorreu de maneira tranqüila. O ex-prefeito recusou-se a responder qualquer pergunta formulada pelo MPF.
Em 2003, de acordo com autoridades francesas, Maluf permaneceu algumas horas detido para a prestação de esclarecimentos sobre as mesmas contas. O próximo passo agora se dará no sentido de que Maluf apresente suas testemunhas de defesa. Cada um dos acusados tem o direito de arrolar até oito testemunhas. Depois que a lista for encaminhada ao juiz, serão marcados os interrogatórios. O MPF já anunciou que não pretende arrolar nenhuma testemunha. Segundo os procuradores, o suposto ato criminoso de Maluf "já está claramente demonstrado em documentos contidos nos autos".
No final do ano passado, Maluf e seu filho mais velho, Flávio, ficaram 40 dias presos na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF) acusados de tentar coagir uma testemunha, o doleiro Vivaldo Alves, conhecido como Birigüi, durante inquérito policial. O doleiro ofereceu detalhes à PF e a Justiça Federal de como teria operado US$ 161 milhões no Safra National Bank de Nova York a mando de Flávio. Os Maluf negam as acusações e dizem que Birigüi teria tentado extorquilos antes de procurar os policias. Pai e filho são processados por crime contra o sistema financeiro nacional, formação de quadrilha, corrupção e lavagem de dinheiro.
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