Os 35 acusados de fraudar licitações e desviar verbas públicas federais destinadas às áreas de saúde e educação, presos ontem pela Polícia Federal, foram liberados pela Justiça menos de 12 horas depois de serem detidos. Os acusados foram levados para Maceió, onde ficaram sob custódia da PF até o fim da tarde desta terça-feira.

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Descoberta a partir de investigações iniciadas em 2004, a quadrilha era composta por empresários e funcionários públicos, entre eles, oito prefeitos de municípios de Sergipe, de Alagoas e da Bahia. Em entrevista à rádio FM Sergipe na manhã desta quarta-feira, o superintendente da PF, César Nunes, criticou a ação da Justiça:

- Foi um banho de água fria no nosso trabalho, nós que montamos um esquema para esta operação, com um grande aparato, junto à Receita Federal e com 350 policiais envolvidos. Foi um custo muito grande, mas vamos continuar investigando e colocaremos os culpados na cadeia.

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Segundo o Ministério Público Federal de Sergipe, que auxiliou nas investigações, o grupo comprava medicamentos e falsificava notas fiscais que possibilitavam o desvio de verbas. Foram constatados desvios de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), além de programas de combate a endemias e de farmácia básica.

As investigações mostraram, ainda, o pagamento de propinas a servidores das prefeituras e em alguns casos aos próprios prefeitos. Entre os presos, seis eram prefeitos de municípios de Sergipe:

Tonho de Dorinha, de Poço VerdeHélio Mecenas, de São DomingosMarcos Santana, de Cedro de São JoãoJosé Franco Sobrinho, de Nossa Senhora do SocorroLaércio Passos, de Rosário do CateteWaldomiro Santos, de Siriri

Além desses, foram presos o prefeito do município de Pedro Alexandre, na Bahia, cujo nome ainda não foi divulgado, e o prefeito de um município de Alagoas ainda não divulgado.

Os suspeitos são investigados pelos crimes de formação de quadrilha, falsificação de documentos, corrupção ativa e passiva, sonegação fiscal e crime de lavagem ou ocultação de bens, entre outros.

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