Justiça nega liberdade a Suzane

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Atualizado em 24/04/2006 às 18h45

O Tribunal de Justiça de São Paulo negou nesta segunda-feira o pedido de liberdade a Suzane Von Richthofen, feito por meio de liminar em hábeas-corpus. Ela é ré confessa do assassinato dos pais, Marísia e Manfred Von Richthofen, em outubro de 2002.

Suzane voltou à cadeia no último dia 10, a pedido do Ministério Público. O juiz considerou que, além da possibilidade de fuga, a permanência dela fora da prisão representava ameaça ao irmão, Andreas Richthofen. Os dois brigam na Justiça pela herança dos pais, de cerca de R$ 2 milhões. No processo, Suzane chegou a pedir até mesmo a avaliação de cães de raça que vigiam um sítio da família. Pede ainda sua parte no seguro de vida dos pais. Um tio dos irmãos disse que Suzane teria sido vista rondando a casa dele, onde Andreas mora desde a morte dos pais. O tio é tutor de Andreas, que tinha 16 anos na época do crime.

Suzane está no Centro de Ressocialização de Rio Claro e o julgamento está marcado para 5 de junho, juntamente com os irmãos Cristian e Daniel Cravinhos, que também confessaram participação no crime. Ela voltou à cadeia depois de uma entrevista ao 'Fantástico', onde foi flagrada sendo orientada pelos advogados a chorar e demonstrar arrependimento. A OAB-SP ainda não concluiu os trabalhos para analisar a atuação dos advogados ( leia aqui ).

O casal Manfred e Marísia von Richthofen foi assassinado a pauladas pelos irmãos Cristian e Daniel Cravinhos. Na época, Daniel era namorado de Suzane. Ela confessou ter aberto a porta da casa para os irmãos executarem o crime e ajudado a forjar evidências de um assalto.

Em junho de 2005, Suzane havia sido libertada por um hábeas-corpus concedido pelo Superior Tribunal de Justiça. A Justiça decidiu libertá-la porque o prazo de prisão preventiva tinha ficado muito longo, já que o julgamento ainda não havia sido marcado. Os irmãos Cravinhos também chegaram a ser soltos e voltaram à prisão depois de uma entrevista à rádio 'Jovem Pan', onde deram detalhes do crime, como o fato de terem testado uma arma.