Atualizada na terça-feira, dia 22/08, às 18h23
O Supremo Tribunal Federal (STF) negou nesta terça-feira o pedido de hábeas-corpus para o fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, acusado de ser um dos mandantes do assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang em fevereiro de 2005, no Pará. O julgamento durou três minutos e nenhum ministro se manifestou oralmente. Eles apenas seguiram o orador, ministro Arnaldo Esteves Lima, que já havia negado o pedido e decidido pela manutenção do fazendeiro na prisão.
A preocupação com o destino dos acusados de serem mandantes do crime fez com que David Stang, irmão da missionária, fosse a Belém. Ele disse na segunda-feira que está preocupado com a demora do julgamento dos acusados de serem os mandantes da missionária. O irmão da missionária disse que a justiça não pode parar apenas nos executores.
- Ficou evidente a existência de um consórcio para assassinar minha irmã. Há muitos outros senhores que estão por trás da falta de desenvolvimento das terras naquela região - afirmou.
O irmão da freira esteve em Belém onde fez reuniões no Tribunal de Justiça, na Ordem dos Advogados do Brasil e no Ministério Público Federal. O presidente do Tribunal de Justiça do Pará, Milton Nobre, informou a David Stang que já seguiram para o STJ e Supremo Tribunal Federal (STF) os recursos especiais e extraordinários interpostos por Vitalmiro e Regivaldo Pereira, o Taradão, também acusado de ser mandante do assassinato da missionária. Os acusados recorreram ao STJ e STF, depois de ter sido negado o seguimento dos dois recursos pelo Judiciário do Pará, tentando evitar que fossem a júri popular.
Depois David Stang, participou de uma reunião com o presidente da OAB-PA (Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Pará), Ophir Cavalcante, onde pediu que a OAB ajudasse a garantir maior rapidez no julgamento de Bida e Taradão.
Acompanhando o irmão da missionária, a representante do Centro de Direitos Humanos Memorial Robert Kennedy, Emily Goldman, disse que tem confiança no andamento do processo, mas que há certa preocupação com a demora no julgamento.
- Não estamos descansados. É necessário que seja feita justiça também para os mandantes - disse.
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