Movimentação de policiais na frente da sede da Justiça Federal em Curitiba| Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo

Justiça

Sócio de empresa citada na operação pede indenização à Petrobras

Folhapress

O sócio da empresa Ecoglobal Ambiental, Vladimir Magalhães da Silveira, que chegou a ter o nome envolvido nas investigações da Operação Lava Jato, entrou com ação contra a Petrobras pedindo indenização por danos morais e por perdas e danos. Silveira tomou a decisão depois de a estatal ter decidido, em junho, rescindir o contrato que havia assinado com a Ecoglobal para prestação de serviços em plataformas, no valor global de R$ 443 milhões. A rescisão foi decidida pela Petrobras com base em apurações feitas por uma comissão interna, criada depois de Silveira ter sido intimado a depor na Lava Jato, em abril. A intimação se deu depois de as investigações da Lava Jato terem descoberto que dois dos indiciados, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Yousseff, tinham tentado comprar uma participação na Ecoglobal.

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Três testemunhas de acusação de um dos processos referente à Operação Lava Jato foram ouvidas ontem na sede da Justiça Federal do Paraná, em Curitiba. Nessa denúncia, o Ministério Público Federal (MPF) acusa o doleiro londrinense Alberto Youssef de lavar pelo menos R$ 1,16 milhão do mensalão destinado ao ex-deputado federal José Janene (PP-PR), morto em 2010. O doleiro está preso desde março, quando foi expedida uma primeira ordem de prisão.

Além de Youssef, outros três presos na Operação acompanharam a audiência como ouvintes: o doleiro Carlos Habib Chater, Carlos Alberto Pereira da Costa e Ediel Viana da Silva. O processo foi desmembrado para que as oitivas de interesse dos presos fossem realizadas com mais rapidez. Na ação que não envolve nomes de presos, seis pessoas constam como réus, inclusive uma filha e dois familiares de Janene.

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Essa é a nona ação aberta como desdobramento da Operação Lava Jato. Conforme a denúncia, acatada pela Justiça na semana passada, Marcos Valério, operador do mensalão, repassou R$ 4,1 milhão para Janene, líder do PP na Câmara na época do escândalo. Pelo menos R$ 1,16 milhão teriam sido usados para a aquisição de máquinas e equipamentos na empresa Dunel Indústria, sediada em Londrina, para "ocultar e dissimular a origem ilícita de recursos".

Os procuradores citam que a transferência teria sido feita por Chater, entre outras pessoas, de agências bancárias com sede em Brasília (DF) e São Paulo (SP), a mando de Janene e Youssef. Do valor total, R$ 537,2 mil seriam de transferências bancárias de contas de empresas controladas por Chater. O restante, R$ 618,3 mil, segundo a Procuradoria, "tem origem em receitas ilícitas".