Vinte e três testemunhas arroladas pelas defesas do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e de João Antônio Bernardi Filho prestam depoimento nesta terça-feira (6) em processo relacionado a pagamento de propinas por meio de obras de arte.
De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Bernardi – um ex-executivo da empreiteira Odebrecht que era representante da empresa empresa italiana Saipem – teria pagado propina ao diretor da estatal para que sua empresa fosse contratada nas obras do Gasoduto Submarino de Interligação dos Campos de Lula e Cernambi, na bacia de Santos (SP).
As testemunhas que serão ouvidas nesta terça pela Justiça Federal, em Curitiba, são funcionários e ex-funcionários da Petrobras. Há também dirigentes e ex-dirigentes da empresa Saipem. Das 23 testemunhas, 20 foram solicitadas pela defesa de Duque.
A ação penal é resultado da 14.ª fase da Operação Lava Jato – que resultou na prisão dos principais executivos das empresas Odebrecht e Andrade Gutierrez, em 19 de junho.
Duque é acusado de receber pelo menos US$ 1 milhão no exterior por contrato de R$ 249 milhões assinado entre a Saipem e a Petrobras. O dinheiro teria sido transferido ao exterior par empresas de fachada ligadas a Bernardi e retornado ao Brasil, para ser “lavado” com a compra de obras de arte.
No âmbito da Lava Jato, a PF apreendeu, até agora, aproximadamente 250 obras, que estão sob a guarda do Museu Oscar Niemeyer, na capital paranaense. Telas e esculturas foram encontradas pela Polícia Federal na casa de Duque e também em uma galeria de arte, no Rio de Janeiro. Parte está em exposição aberta ao público, no museu curitibano, até 1.º de novembro.
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