O Tribunal de Justiça do Distrito Federal marcou a sessão de julgamento da ação de improbidade administrativa contra o ex-governador José Roberto Arruda para o dia 25 deste mês. Três desembargadores irão analisar o caso a dez dias do prazo final para registro de candidaturas para as eleições deste ano.
Pré-candidato ao governo do DF, Arruda poderá ser considerado ficha suja e ficar impedido de disputar as eleições caso os desembargadores mantenham a sentença condenatória da 2ª Vara da Fazenda Pública proferia no final do ano passado.
A decisão pode afetar ainda o nome contado para ser vice de Arruda: a deputada federal Jaqueline Roriz. Ela também é réu no processo, ao lado do marido Manoel Neto e do ex-secretário do DF Durval Barbosa.
Foi Barbosa quem delatou o escândalo conhecido como 'mensalão do DEM' e registrou em imagens políticos do DF recebendo dinheiro vivo. Segundo a denúncia do Ministério Público, Barbosa passou a entregar dinheiro arrecadado do esquema de corrupção a Arruda e a quem ele indicasse. Arruda chegou a ser preso, pouco depois que o esquema veio à tona, em 2009, com a operação Caixa de Pandora.
Um dos beneficiados pelo esquema teria sido o casal Jaqueline e Neto. Eles foram ao gabinete de Barbosa, que lhes entregou R$ 50 mil, segundo o Ministério Público, "arrecadado a título de propina junto à prestadores de serviços de informática". O casal também solicitou rádios Nextel para usarem na campanha de 2006.
Em dezembro do ano passado, Arruda, Jaqueline e Dias foram condenados ao ressarcimento integral do dano equivalente a R$ 300 mil, ao pagamento de multa no valor duas vezes maior ao dano causado ao erário, e ao pagamento de danos morais de R$ 200 mil cada um, além de terem tidos suspensos os direitos políticos por oito anos.
Se os desembargadores do DF confirmarem a sentença antes do dia 5 de julho, prazo final para registro da candidatura, Arruda e Jaqueline ficam automaticamente impedidos de disputar a eleição.
A defesa de Arruda afirma não ter interesse em mudar a data do julgamento. O advogado Edson Smaniotto atesta a inocência do ex-governador, afirmando que a denúncia não faz sentido algum. 'Não é possível imaginar que a filha do ex-governador Joaquim Roriz receberia dinheiro para atuar em favor do adversário do próprio pai', diz o advogado lembrando que Arruda e Roriz eram adversários nas eleições de 2006. Jaqueline e Manoel Dias também contestam a decisão, alegando inocência.
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