• Carregando...

A Justiça concedeu prorrogação da prisão temporária para 67 dos 80 presos pela Polícia Federal na Operação Xeque-Mate, que investiga a exploração de caça-níqueis e crimes de formação de quadrilha, corrupção e tráfico de influência.

O prazo da prisão temporária, que é de cinco dias, venceria nesta sexta para os 76 presos na segunda-feira (4). Outras quatro pessoas foram detidas nos dias seguintes à deflagração da ação, e o período começa a contar a partir da detenção.

Entre os que continuam por mais cinco dias na carceragem da PF em Campo Grande (MS) estão o ex-deputado Nilton Cezar Servo, apontado como chefe da suposta quadrilha, e Dario Morelli Filho, pai do afilhado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Foragido

Um dos foragidos, o gerente de casa de bingo Ari Silas Portugal, se apresentou na tarde desta sexta-feira na Superintendência da Polícia Ferderal de Campo Grande (MS). De acordo com a PF, ele prestará depoimento ainda nesta sexta-feira.

Com isso, a Operação Xeque-Mate contabiliza 80 presos. Na segunda-feira (4), a PF prendeu 76 pessoas em seis estados e nove ficaram foragidos.

Na terça (5), foram detidos Nilton Cezar Servo e seu filho, Victor Emanuel Servo. Anteontem (6), o médico e pecuarista, Hércules Mandetta Neto, se apresentou à PF. Agora, após Ari Silas Portugal ter se entregado, ainda são cinco os foragidos. Eles estão na lista da Interpol, a polícia internacional.

A prisão temporária vale por cinco dias e pode ser prorrogada pelo mesmo período. Após a prorrogação, a PF pode solicitar à Justiça prisão preventiva, cujo período é indeterminado.

Reação

Entre os suspeitos de integrarem a máfia, apenas dois não tiveram prisão decretada, entre eles o irmão mais velho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Genival Inácio da Silva, o Vavá. Na quinta, Lula se irritou ao ser questionado sobre o irmão. O presidente está em Berlim para uma reunião com líderes mundiais.

"Não acho justo, depois de uma reunião com cinco países importantes para tratar de um assunto dessa magnitude, você me perguntar uma coisa que eu poderia falar com você na segunda-feira, em São Paulo, na terça-feira em Brasília, na quinta-feira no Rio de Janeiro, aonde você quiser perguntar", respondeu a um jornalista.

Lula, que já deu declarações defendendo o irmão, preferiu deixar o assunto para depois. "Na segunda-feira, você pode me perguntar o que você quiser da política interna que lhe responderei de peito aberto e de coração muito aberto", completou.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]