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O processo disciplinar foi aberto depois que Pessuti apareceu, no ano passado, em uma propaganda eleitoral em favor do então candidato ao governo Beto Richa (PSDB) | Cesar Machado
O processo disciplinar foi aberto depois que Pessuti apareceu, no ano passado, em uma propaganda eleitoral em favor do então candidato ao governo Beto Richa (PSDB)| Foto: Cesar Machado

A juíza Bruna Cavalcanti de Albuquerque Zandomeneco, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), concedeu neste domingo (29) uma liminar suspendendo a reunião da Comissão de Ética do PMDB do estado que ocorreria na tarde desta segunda-feira (30). O grupo analisaria o pedido de afastamento ou expulsão do ex-governador Orlando Pessuti do partido. A decisão estabeleceu ainda uma multa de R$ 80 mil por descumprimento da ordem judicial e mais R$ 500 por dia se o processo continuar em andamento.

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O processo disciplinar foi aberto depois que Pessuti apareceu, no ano passado, em uma propaganda eleitoral em favor do então candidato ao governo Beto Richa (PSDB), já que o postulante oficial do PMDB ao cargo era o senador Roberto Requião. Uma das alegações da defesa de Pessuti, que acabou aceita pelo Judiciário, é de suspeição da relatora do processo contra o ex-governador, a vereadora de São José dos Pinhais, Marcia Ferreira, já que, apenas como relatora, ela não teria como convocar a reunião.

Atendendo a outro pedido da defesa, a juíza também determinou o afastamento de Marcia e do advogado Luiz Fernando Delazari, integrante da Comissão de Ética, do prosseguimento do processo, considerando que ela é presidente do PMDB/Mulher, órgão de apoio partidário - o que é incompatível com a atuação da Comissão -, e que ele possui ligação empregatícia com o senador Requião, adversário de Pessuti. “Revela-se impossível não reconhecer a absoluta falta de isenção do Sr. Luiz Fernando Delazari”, avalia a juíza.

Em nota, o diretório do PMDB do Paraná informou que irá recorrer da decisão. “O Diretório vai contestar a decisão liminar imediatamente com as medidas judiciais cabíveis, segundo informou o departamento jurídico do partido”, informa o documento. Delazari considera a liminar “um erro que será corrigido na sequência”. Ele explica que ainda não há previsão para a realização da próxima reunião da comissão do partido.

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