Mesa Executiva
Cargo - Deputado
Presidente - Nélson Justus (PFL)Primeiro-secretário - Alexandre Curi (PMDB)Segundo-secretário - Luciana Rafagnin (PT)Terceiro-secretário - Luiz Accorsi (PSDB)Quarto-secretário - Cida Borghetti (PP)Quinto-secretário - Chico Noroeste (PL)Primeiro-vice - Antônio Anibelli (PMDB)Segundo-vice - Augustinho Zucchi (PDT)Terceiro-vice - Felipe Lucas (PPS)
O deputado estadual Nélson Justus (PFL) assumiu ontem o cargo de presidente da Assembléia Legislativa para os próximos dois anos. Ele foi eleito por unanimidade pelos 54 parlamentares que tomaram posse ontem. Justus assumiu o posto prometendo mais transparência no Legislativo.
Pela primeira vez na história da Assembléia do Paraná, a votação para a Mesa Diretora foi aberta. O voto secreto foi derrubado no ano passado, por projeto apresentado pelo próprio Justus. Esta é segunda vez que o pefelista exerce a presidência. Em 1999, após a morte de Aníbal Khury, ele ficou com a vaga.
A cerimônia de posse dos deputados foi muito concorrida, contando com a presença do governador Roberto Requião (PMDB). Todos, principalmente os deputados, queriam saber se o governador pretende ou não vetar a proposta de um plano de aposentadoria privada dos parlamentares estaduais. Mas Requião não fez pronunciamento, nem falou com a imprensa.
Nélson Justus, que também aguarda um posicionamento de Requião sobre o tema, preferiu falar apenas sobre mudanças internas na Assembléia Legislativa. Ele não teceu comentários sobre projetos, sejam eles do Executivo ou do Legislativo. "Nós, deputados, temos de lembrar que passamos mais tempo na Assembléia do que em nossas próprias casas. Portanto, temos de cuidar desta casa de leis como se fosse o nosso lar. Vamos convergir para manter firme e positiva a imagem do Legislativo", disse ele.
A principal promessa do novo presidente da Assembléia Legislativa é pôr em funcionamento a TV Assembléia. "Esse é um compromisso de honra para todos os deputados da Casa. Todos queremos, e muito, isso. Vamos resolver esse imbróglio jurídico para colocar a tevê no ar ainda neste primeiro semestre." Justus afirmou ainda que, com essa medida, a Casa será mais transparente, embora, segundo ele, não tenha nada a esconder. "A Assembléia não tem nada a esconder. Não tem, não pode e não precisa esconder nada. Isso não combina comigo", disse ele.
Autonomia
De acordo com Nélson Justus, seu mandato vai ser para modernizar a Casa. Para isso, ele espera contar com a contribuição dos demais 53 deputados. "A Assembléia não vai envergonhar ninguém. Quero dividir as responsabilidades. Não sou centralizador. Vou dar autonomia às secretarias e às vice-presidências, com tarefas específicas, como, por exemplo, uma secretaria cuida do cerimonial, outra da segurança da Casa. Elas deverão dar ainda assistência aos projetos legislativos", afirmou. Segundo ele, a Assembléia deve funcionar como uma empresa, divida em setores e cada um com sua responsabilidade. "Vamos ver se na política isso vai dar certo."
Outra medida prometida por Justus é a interiorização do parlamento, levando as sessões para o interior do estado e a discussão de questões temáticas. "Tudo dependerá do momento e da questão pontual para uma determinada região, do interesse local. Podemos fazer as sessões nas Câmaras Municipais e nas prefeituras. Temos de interagir com a população."
A posse dos deputados foi tranqüila. As únicas vaias foram para o deputado Jocelito Canto (PTB), que fez críticas ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas. Canto tem mandato garantido só até a próxima segunda-feira. O parlamentar espera uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação a um processo aberto contra ele no período em que era prefeito de Ponta Grossa, de 1997 a 2000. Ele corre o risco de perder o mandato.
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