O ex-prefeito de São Paulo e presidente do PSD, Gilberto Kassab, rechaçou a possibilidade de que as investigações na Prefeitura paulista possam causar desgaste entre ele o atual prefeito Fernando Haddad (PT). "Só falta imaginar que estou chateado com o prefeito Haddad por ter avançado nessa questão", afirmou. Questionado se poderia existir alguma mudança no já declarado apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff, Kassab afirmou que "são coisas distintas". "Algumas análises que eu vi são totalmente equivocadas", disse.
Kassab voltou a afirmar que "aplaude" as investigações da Prefeitura que desmantelou um esquema de servidores que, durante a sua gestão, recebiam propinas para sonegação de impostos. "Ratifico o que já disse anteriormente. Primeiro aplaudindo a ação da Prefeitura, cumprimentando a Controladoria pelos resultados", disse, ressaltando que a investigação começou durante o seu mandato. "Agora é aguardar a finalização para que as penalidades possam ser aplicadas", afirmou, antes de participar do evento de filiação do presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Cesário Ramalho da Silva.
Kassab disse ainda que a sua gestão investiu em mecanismos para melhorar a fiscalização. "Na nossa gestão, tivemos uma série de avanços dentro dos critérios de transparência", disse. "Espero que o prefeito Haddad continue avançando. Como eu fiz em relação ao meu antecessor, a ex-prefeita Marta (Suplicy)." Sobre o fato de ver servidores do primeiro escalão da Prefeitura envolvidos em escândalos, Kassab afirmou que não vê equívoco na contratação. "Se eu tivesse me equivocado, o prefeito Haddad também se equivocou, a prefeita Marta (também). Qual é a administração que não tem problema? Por isso a importância de corregedoria forte, de transparência,", concluiu.
IPTU
O ex-prefeito também garantiu que não houve nenhuma orientação para a bancada do PSD na capital paulista em relação ao aumento do IPTU. "A nossa bancada é independente, isso está muito claro, ela terá liberdade até o fim do mandato do prefeito Haddad para votar sempre segundo seus critérios", afirmou.
Dois oito vereadores do partido, sete votaram contra o aumento do IPTU, aprovado na semana passada. "Na questão do IPTU, ela (a bancada) entendeu, em sua maioria, que era um valor exagerado, incompatível com as possibilidades do paulistano. Não teve nenhuma interferência da direção partidária. Ela resolveu votar contra e votou contra", disse.
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