O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, afirmou neste sábado (7) em Teresina, onde esteve para fundar o PSD no Piauí, que o partido adotará uma linha de independência política pela miscigenação e o número de adesistas. "Vamos conviver com uma transição, aqueles que apoiaram a presidenta Dilma continuam. Aqueles não apoiaram terão liberdade para dar apoio em alguns momentos ou não dar apoio, de acordo com sua convicções", afirmou Kassab, ainda numa linha liberal.

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Kassab disse que não acredita em possíveis retaliações de quem estaria saindo do PSDB ou aliados do governo de São Paulo para o PSD. "Não acredito que o governador de São Paulo, um político experiente, um homem público, um democrata que sabe da importância, na democracia, da convivência de todos entre si, faça isso. Não acredito nisso.", comentou o prefeito.

Falando sobre a fundação do PSD, Kassab disse que "a prioridade zero é fundar o partido e depois disputar as eleições em 2012." Para isso, ele tem viajado todo o Brasil e mantido entendimento com políticos dos mais variados partidos. "O partido é independente pela peculiaridade da sua formação. No ano seguinte às eleições presidenciais, não tem sentido um partido nascer com uma visão de trazer incoerência com seus membros. No Piauí, por exemplo, uns membros tiveram conduta na eleição presidencial e outros membros outra conduta. Então vamos conviver com esta transição. Cada um segue as suas convicções", acrescentou.

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O prefeito de São Paulo pousou no aeroporto de Teresina e foi recepcionado por uma comitiva de vários políticos, de vários partidos entre deputados federais, estaduais, prefeitos, vereadores e o prefeito de Teresina, Elmano Ferrer (PTB), que foi filiado ao PSD em 1964. Depois o governador do Piauí, Wilson Martins (PSB), integrou a comitiva no ato político realizado no teatro da Assembléia Legislativa do Piauí.

Falando à imprensa local, Gilberto Kassab descartou a possibilidade de fusão do PSD com qualquer partido agora. E lamentou a possibilidade de extinção do DEM. "Não desejo a extinção do DEM. O DEM é um partido que tem uma história. É um partido que sempre foi muito bem dirigido, mas, nos últimos tempos, está passando por dificuldades. Está fora do rumo", afirmou.

Sobre uma eventual aproximação com o senador Aécio Neves (PSDB) com vistas a uma composição para as eleições de 2014, Gilberto Kassab advertiu: "A prioridade do partido são as eleições municipais do ano que vem. A prioridade zero é a sua formação. O partido que estará surgindo juridicamente nos próximos dias e surge com muita consistência. O partido surge, assim como no Piauí, com quadros de primeira linha, parlamentares federais, estaduais e municipais. E já tem militância aguerrida. O partido já tem essa característica em todo o país. A preocupação agora é se estruturar para as eleições do ano que vem. 2014 ainda está muito longe.", adiantou.

O futuro presidente do PSD no Piauí, deputado federal Júlio César Lima, afirmou que o partido inicia no Piauí com a adesão de mais de dois deputados federais, cinco deputados estaduais, 35 prefeitos, 300 vereadores. "ainda esperamos que alguns insatisfeitos venham aderir ao PSD. O partido nasce grande, como se viu nesse grande ato realizado aqui.", ressaltou o parlamentar.