O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (sem partido), defendeu nesta quinta-feira (23) o projeto de reajuste dos salários dele, da vice-prefeita, Alda Marco Antonio, e dos 27 secretários municipais de São Paulo. No entanto, afirmou que pretende doar o valor extra "para a caridade".
O projeto com os novos vencimentos foi apresentado pela Mesa Diretora da Câmara Municipal de São Paulo nesta semana. Se aprovado, eleva o salário do prefeito de R$ 12.384 para R$ 24.117,62. Os vencimentos de Alda passariam de R$ 5.504,35 para R$ 21.705,86.
Proposta semelhante foi barrada no fim de 2010 pela bancada do PSDB. Fixava subsídios do prefeito em 90,25% do teto constitucional do Supremo Tribunal Federal - o que elevaria o salário de Kassab para R$ 20 mil mensais. Em janeiro, por lei federal e pelo teto do STF, Kassab poderia ter elevado os vencimentos para esse patamar, mas abriu mão do acréscimo. Na época, porém, ressaltou ser justo um projeto com aumento para os secretários, cujos vencimentos estariam defasados em relação ao mercado.
Kassab evitou adiantar para quem doaria o valor extra. "Ainda não escolhi. Acho melhor falar sobre isso depois que o projeto for votado", afirmou ontem, durante a Marcha Para Jesus, na zona norte da capital paulista. No entanto, observou que o projeto servirá para seus "sucessores", uma vez que o padrão de vencimento do prefeito de São Paulo precisa ser "compatível com o cargo".
O projeto, por enquanto, não enfrenta resistências. Até a bancada do PT defende reajuste para secretários, embora inferior. "Nossa proposta era para elevar em R$ 6 mil", afirmou na quarta-feira Antonio Donato, presidente do diretório municipal do PT. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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