Depois da crise provocada pelo aumento do espaço do PSD no governo e pela mobilização para criar um novo partido diminuindo a força do PMDB, o ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltaram a conversar. Eles se reuniram na quarta-feira, 22, em um café da manhã na residência oficial de Cunha.
Fundo Partidário
A presidente Dilma sancionou a Lei que triplicou a verba dos partidos. Veja as siglas que mais vão arrecadar:
Leia a matéria completaO encontro não constou na agenda de nenhum dos dois. “Foi uma visita protocolar. O encontro com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, não deixa de demonstrar uma sinalização pública de construção de uma boa relação”, disse o ministro ao Estado. Questionado se havia feito as pazes com Kassab, Cunha respondeu de maneira sucinta: “Nunca brigamos”.
PMDB cogita devolver parte do Fundo Partidário
Liderado pelo vice-presidente Michel Temer, partido estuda devolver até 25% dos R$ 92,6 milhões a que tem direito
Leia a matéria completaPMDB e PSD estavam em guerra desde o início do ano. Na intenção de enfraquecer o partido de Cunha, a presidente Dilma Rousseff fortaleceu a legenda de Kassab, que articula a recriação do Partido Liberal (PL) para posteriormente fundi-lo com o PSD, criado em 2011.
O ex-prefeito paulistano e atual ministro das Cidades virou alvo de líderes peemedebistas que concluíram que ele agia em conjunto com o Palácio do Planalto para tentar reduzir a influência do PMDB.
Para combater as intenções de Kassab, o partido atuou em várias frentes. A principal medida foi a aprovação de uma quarentena de cinco anos para a fusão de partidos políticos. O texto, apelidado de “Lei anti-Kassab”, foi aprovado no Senado no início de março e sancionado por Dilma um dia após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) receber o pedido de registro do Partido Liberal. A dúvida é se a nova lei vale para o novo PL.
O café da manhã de ontem foi articulado pelo líder do PSD na Câmara, Rogério Rosso (DF). Cunha e Kassab evitaram discutir a polêmica que os distanciou durante os primeiros meses deste ano. A pauta ficou em torno de reforma política e terceirização, projeto votado horas depois do encontro.
Presidente licenciado do PSD, Kassab disse a Cunha que, ao contrário da semana passada, seu partido não obstruiria a votação das emendas ao projeto que regulamenta a terceirização no País. Foi graças a um requerimento de retirada de pauta apresentado pelo PSD na quarta-feira da semana passada que o presidente da Câmara teve de, contra sua vontade, adiar a votação. Ontem, a maioria dos deputados do partido votou de acordo com a vontade de Cunha, contrariando o governo.
Vai piorar antes de melhorar: reforma complica sistema de impostos nos primeiros anos
Nova York e outros estados virando território canadense? Propostas de secessão expõem divisão nos EUA
Ação sobre documentos falsos dados a indígenas é engavetada e suspeitos invadem terras
“Estarrecedor”, afirma ONG anticorrupção sobre Gilmar Mendes em entrega de rodovia
Deixe sua opinião