O presidente do PT paulista, deputado estadual Edinho Silva, defendeu nesta segunda-feira (13) a aliança com o PSD e com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, para a eleição municipal na capital paulista deste ano, mesmo diante da pressão de militantes do partido contrários ao acordo. "Ele também está muito a fim de fazer aliança conosco; não é jogo de cena", disse Edinho à Agência Estado, citando conversa com Kassab na última sexta-feira (9), no evento que comemorou os 32 anos do PT, em Brasília.

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No evento, Kassab foi vaiado por militantes do PT quando seu nome foi citado pelo cerimonial. Além disso, alguns militantes petistas portavam adesivos contrários ao acordo com o PSD em torno do nome do ex-ministro Fernando Haddad (Educação) para a sucessão de Kassab na Prefeitura paulistana. "Agora temos de administrar, aguentar firme essa pressão interna e ter tranquilidade", defendeu Edinho.

Uma das principais críticas da aliança com Kassab é a ex-prefeita de São Paulo e atual senadora Marta Suplicy (PT). Além de ter o nome preterido na disputa à Prefeitura paulistana, Marta declarou, semana passada, que uma aliança com Kassab seria um pesadelo. Hoje (13), Marta e o prefeito iriam se encontrar em um evento do Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo (Secovi), mas a senadora cancelou a ida, assim como fez na festa de aniversário do PT.

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Apesar das conversas, o PT paulista não tem como avaliar, por meio de pesquisas qualitativas ou quantitativas, quais os benefícios eleitorais que uma aliança com o PSD e com Kassab trariam para a candidatura de Haddad. Segundo Edinho, o período do ano, com chuvas, aumento de buracos e crescimento de mato na cidade "contaminaria a pesquisa" e poderia trazer um resultado negativo irreal. "Não dá para nortear a decisão por uma pesquisa como essa; vamos ter calma, fazer o debate e decidir lá na frente, sem desespero. "Deu, deu. Não deu, não deu e ponto final", concluiu.

Interior

Assim como em São Paulo, o PT caminha para definir os nomes de pré-candidatos a prefeito em grandes cidades do interior paulista e também aposta em nomes que nunca disputaram o cargo. Ontem (12), o partido definiu o nome do juiz aposentado João Gandini como o nome à sucessão da prefeita Dárcy Vera em Ribeirão Preto (SP).

Outra novidade deve ser o economista e presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann, como candidato a prefeito de Campinas (SP). Na cidade paulista, o PT chegou a assumir o poder em 2011 com o vice-prefeito Demétrio Vilagra após a cassação de Hélio de Oliveira Santos (PDT). Mas Vilagra também foi cassado por suspeitas de irregularidades.

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