No discurso de despedida do DEM feito na tarde de hoje no plenário do Senado, a senadora Kátia Abreu (TO) disse que se filiará ao PSD, partido do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, não por ter rompido com seus colegas democratas, mas pela constatação de que se esgotou um ciclo "e não apenas um ciclo pessoal, mas conjuntural, político, um ciclo da vida partidária brasileira".

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"Queremos o fim da farsa, queremos que os partidos sejam o que precisam ser: expressões efetivas de correntes de pensamento da sociedade, que convirjam a partir de ideias e ideais e não em função do antagonismo ou protagonismo em relação a quem está circunstancialmente no poder como ocorre hoje", alegou.

Kátia deu como certa a filiação de 40 deputados ao novo partido, desligados do DEM, PSDB, PT e PPS, entre outras legendas, além dos governadores do Amazonas, Omar Aziz (PMN), e de Santa Catarina, Raimundo Colombo (DEM). Todos eles, de acordo com senadora, trocam de filiação porque se sentem incomodados com a "ditadura partidária".

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Sobre a possibilidade de fusão com o PSB, disse que se trata de uma hipótese superada, mesmo reconhecendo as "qualidades" do presidente do partido, governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Ela disse ter em Campos "um belo nome, um bom gestor, popular e carismático".

"Agora, por favor, isso não significa que nós vamos fundir com o PSB, nós vamos ficar maior do que o PSB, quando você tem 40 deputados não se justifica mais a fusão", afirmou. Pelas suas previsões, em menos de três meses, o PSD avançará no cronograma de sua criação, com a obtenção das assinaturas necessárias à sua oficialização.