Já chega a R$ 6,3 milhões o valor pago pela prefeitura de Curitiba por 10 contratos firmados desde 2003 com a Construtora Iguatemi, cujos donos são familiares de Alberto Klaus, presidente municipal do PP partido da base de apoio do prefeito Beto Richa (PSDB). Ontem, a administração municipal confirmou a existência de mais quatro contratos com a empreiteira, com valor total de R$ 783,6 mil todos firmados com a Secretaria do Meio Ambiente. Até ontem, a prefeitura falava em seis licitações vencidas pela construtora da família Klaus.
Os quatro "novos" contratos, já foram encerrados. Três deles foram firmados em 2005. Em maio daquele ano, a Iguatemi venceu uma licitação da prefeitura para prestar o serviço de corte de grama e mato nas ruas e praças dos 11 bairros que integram a regional Portão. O serviço durou 10 meses e custou para os cofres públicos R$ 121,5 mil. Seis meses depois, a Iguatemi foi declarada vencedora de mais duas licitações. Uma no valor de R$ 81,9 mil para execução de calçadas no cemitério Boqueirão e a outra de R$ 521,2 mil para o corte de grama e mato de ruas e praças dos 13 bairros da regional Boa Vista contrato renovado duas vezes. Um ano depois, em novembro de 2006, mais uma licitação foi vencida pela Iguatemi. A prefeitura repassou R$ 58,9 mil para a execução da Capela Mortuária no bairro Campo de Santana.
Em vigor
Dos 10 contratos firmados entre a Iguatemi e a prefeitura de Curitiba, quatro ainda estão vigentes. As obras devem ser entregues e o valor pago no próximo mês. Só estes contratos que estão vigorando garantem cerca de R$ 5 milhões a empreiteira. Estes contratos, no entanto, estão ameaçados.
A Procuradoria-Geral do Município promete divulgar nesta semana um parecer sobre a possibilidade de romper os contratos em andamento por causa de uma denúncia envolvendo a Iguatemi. Um relatório do Tribunal de Contas do Estado (TC) aponta que a empreiteira teria falsificado documentos para participar de uma licitação da prefeitura em 2006. A Iguatemi pode ser declarada inidônea e ter suspenso por até dois anos o direito de prestar serviõ ao poder público. A empresa Catedral Construções corre o mesmo risco, já que subcontratou a Iguatemi num serviço prestado para a prefeitura da capital o que contraria a Lei de Licitações.
Seguro
A prefeitura de Curitiba já anunciou que não vai renovar o contrato com a Plena Corretora de Seguros, cujo dono é Muriel Klaus filho do dirigente do PP. A administração municipal alega que a empresa não cumpriu metas durante o contrato que termina no próximo dia 1.
A reportagem tentou ouvir Alberto Klaus, mas o advogado de defesa do empresário informou que ele por enquanto não vai se manifestar sobre o caso.
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