O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, afirmou nesta terça (28) que o Laboratório de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro criado pela Polícia Federal (PF) será usado em cruzamentos de informações das maiores operações do país.
“A ferramenta nos permitirá o cruzamento de dados entre as operações Acrônimo, Lava Jato, Zelotes. O ministro Teori Zavaski foi muito feliz na expressão de que cada vez que se puxa uma pena dessas operações grandes está saindo uma galinha inteira”, disse o ministro.
O laboratório desenvolvido pela Polícia Federal de São Paulo permite o cruzamento de dados entre instituições financeiras e agentes públicos e privados, formando um organograma da organização criminosa que está sendo investigada.
“Os softwares nos permitem fazer cruzando de informações para descobrir vínculos entre bens e pessoas, ou empresas e pessoas, entre outros”, disse o delegado Milton Fornazari Junior, que chefia a Delegacia de Repressão aos Crimes Financeiros e Desvios de Recursos Públicos, em São Paulo.
Os primeiros frutos do laboratório foram colhidos na operação desta terça (28), a Boca Livre, que apura fraudes da Lei Rouanet, de incentivo à cultura.
“São R$ 180 milhões descobertos de fraudes que deveriam ser usados para financiar cultura e foram usados para financiar riqueza pessoal”, disse o ministro.
O delegado geral da PF Leandro Daiello afirmou que o objetivo é estender o laboratório para o maior número possível de superintendências. “É essa a PF que queremos oferecer para o país: moderna e com capacidade cada vez maior de cruzamentos de dados para combate a corrupção e lavagem de dinheiro”.