Um vigilante do Market Place, na zona sul de São Paulo, foi baleado e morto na noite deste sábado em troca de tiros com um assaltante, durante roubo ao Cinemark, que funciona dentro do shopping. A Polícia Militar foi chamada, cercou o shopping e conseguiu prender o assaltante em flagrante. Apreendeu também o revólver calibre 32 usado no crime. Levado à Santa Casa de Santo Amaro, o vigia Wellington Policarpo Zacarias, de 24 anos, morreu.
Para a polícia, o crime foi planejado pelo desempregado Marcelo Franco da Silva, 26 anos, e sua mulher, Rita de Cássia Ramos, de 27.
Marcelo havia trabalhado no cinema do shopping quatro anos atrás. Neste sábado, foi para o cinema com a mulher e entrou para ver o filme Piratas do Caribe 3. Durante a sessão, saiu da sala, colocou um capuz e foi até à sala da gerência do Cinemark, onde rendeu quatro funcionários e obrigou o responsável a abrir o cofre.
O investigador Edgar Fraga, do 96 Distrito Policial do Brooklin, conta que Marcelo pegou o malote com R$ 15.409,35 e, na hora de sair da sala, deparou-se com o segurança, que já tinha sido alertado. Reagiu e houve troca de tiros. O vigia foi atingido por duas balas no tórax. Felipe da Silva Santos, funcionário do cinema, recebeu um tiro e a bala ficou alojada em sua perna.
Marcelo recebeu um tiro na mão. Mesmo ferido, voltou para dentro do cinema, sentou-se ao lado da mulher e continuou a ver o filme.
Acionada, a PM fez um cerco no shopping e passou a parar todos os clientes que saíram do Market Place depois do horário do crime. Marcelo e a mulher foram localizados ao tentar sair com o carro, um Corsa, do estacionamento do shopping.
Segundo Fraga, foi justamente a mão sangrando que levou a PM a identificar o criminoso. O carro foi revistado e a arma e o dinheiro roubado foram achados.
Dentro do cinema, Marcelo deixou a calça jeans que vestia no momento do crime. Saiu vestido com uma calça de moleton.
- É comum os criminosos vestirem mais de uma peça de roupa. Depois do crime, tiram as peças de cima para não serem reconhecidos - conta o investigador.
Marcelo e Rita são casados e têm um filho de 6 anos. Nenhum dos dois tinha antecedentes criminais. Os dois foram indiciados por latrocínio e porte de arma roubada. Segundo a polícia, o revólver calibre 32 usado por ele no assalto foi roubado há 4 anos.
No início da tarde deste domingo, Marcelo foi transferido para as celas do 26 Distrito Policial, no Sacomã. Rita foi levada para o 97 Distrito Policial, na zona sul, que tem cela para mulheres.
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