Laudo financeiro da Polícia Federal revela que, entre 2010 e 2013, o consórcio Camargo Corrêa-CNEC (CNCC) pagou R$ 38,7 milhões para o Grupo Sanko a título de prestação de serviços nas obras da refinaria de Abreu e Lima (PE) da Petrobras.

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Dessa quantia, segundo a perícia da PF, naquele mesmo período, o Grupo Sanko repassou R$ 37,72 milhões às empresas de fachada do doleiro Alberto Youssef, M.O. Consultoria e GFD Investimentos.

A perícia indica que as transferências da Sanko para a M.O. e a GFD ocorriam quase imediatamente após os pagamentos do consórcio. O empresário Márcio Bonilho, diretor das empresas Sanko-Sider, e o doleiro são réus em ação criminal da Operação Lava Jato, acusados por lavagem de recursos financeiros "auferidos em crimes contra a Petrobras".

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A PF afirma que "é possível concluir pela existência de fortes indícios quanto a não prestação dos serviços ou a prestação em volume que não justifique os pagamentos realizados pelo CNCC à empresa Sanko".

Os peritos assinalam que a análise dos documentos mostra "inconsistências entre o período do pagamento dos serviços pelo CNCC e o fornecimento de tubulação pela empresa Sanko Sider".

O Grupo Sanko destaca que o próprio laudo da PF concluiu que "não houve superfaturamento". O Consórcio CNCC esclareceu que jamais fez qualquer pagamento ilegal nem pode responder por pagamentos de terceiros. "Uma perícia contábil não pode colocar sob suspeita serviços sem ter verificado in loco a efetiva prestação deles, o CNCC dispõe de provas irrefutáveis sobre a realização destes serviços." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.