Um laudo do Instituto de Criminalística da Polícia Federal, em poder da CPI dos Correios, descobriu 80 mil notas fiscais falsificadas pelas empresas de Marcos Valério. A perícia descobriu milhares de operações irregulares nas empresas, que abriram filiais em municípios no interior de Minas Gerais. Na cidade de Catas Altas, foram falsificadas quase 2,5 mil notas. Pouco, comparado ao que foi detectado no município de Rio Acima, onde as agências SMP&B e DNA emitiram 80 mil notas fiscais frias.
Carimbos e assinaturas de funcionários públicos foram falsificados para obter as notas.
Segundo o laudo, as notas foram usadas para receber milhões de reais do Banco do Brasil, Eletronorte e Ministério do Trabalho.
De acordo com os peritos, a agência DNA usou três notas falsas para receber quase R$ 65 milhões do Banco do Brasil para a Visanet, consórcio de bancos que administra cartões de crédito.
Quando surgiu o escândalo do mensalão, as empresas refizeram a contabilidade. A diferença impressionou os peritos. Em 2003, o patrimônio da DNA passou de quase R$ 6 milhões para R$ 53 milhões. Em 2004, ao retificar a contabilidade, o patrimônio da agência subiu de R$ 28 milhões para R$ 72 milhões.
O laudo afirma que ao refazer a contabilidade, as empresas de Valério falsificaram documentos. A CPI dos Correios acredita que a fraude foi feita para lavar dinheiro de corrupção. Um exemplo: R$ 18 milhões em empréstimos feitos pela agência DNA para a SMP&B, que não estavam contabilizados apareceram depois da retificação.
- O senhor Marcos Valério é um verdadeiro mágico da contabilidade. Esse laudo traz provas documentais importantes que permitem à CPI distinguir bem aquilo que transitou honestamente pelas contas de Marcos Valério e aquilo que foi desonesto. Milhões que abasteceram o Valérioduto - disse o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).
Valério declarou que nunca falsificou notas fiscais e que elas correspondem a serviços prestados. Segundo Valério, as notas emitidas para o Banco do Brasil, Eletronorte e Ministério do Trabalho foram lançadas na contabilidade - e o imposto referente a elas, retido na fonte. Valério destacou ainda que a declaração de renda das agências foi corrigida na receita, em junho, como manda a lei.
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