O andamento da Operação Lava Jato também é mais ágil no Judiciário do Paraná, sob responsabilidade do juiz federal Sergio Moro.
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A primeira sentença do caso, que condenou o doleiro Carlos Habib Chater e inocentou Alberto Youssef da acusação de tráfico de drogas, saiu sete meses e quatro dias depois de deflagrada a primeira fase da operação, em 17 de março.
Ritmo frenético em Curitiba contrasta com lentidão da Lava Jato em Brasília
Leia a matéria completaO caso dos empreiteiros também teve um desfecho rápido. Os executivos foram presos no dia 14 de novembro de 2014 e denunciados pelo MPF menos de um mês depois. A primeira sentença foi proferida sete meses depois e a última, um ano mais tarde.
Já no Distrito Federal, no dia 3 de março de 2015, o procurador-geral da República Rodrigo Janot pediu a abertura de 28 inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar 49 autoridades com prerrogativa de foro. Até agora há apenas uma denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF). É em relação ao deputado Eduardo Cunha (PMDB), que continua à frente do comando da Câmara dos Deputados.
Para o delegado Igor Romário de Paula, da equipe de Curitiba, é normal que o trabalho na capital federal seja mais lento. “A investigação é mais complicada. Qualquer diligência é mais complexa”, explica. “Lá, eles sofrem maior pressão por uma resposta mais rápida. Não que seja culpa deles. Grande responsabilidade disso é do Supremo [Tribunal Federal], onde o sistema é muito burocrático”, defende.
Segundo o delegado, a força-tarefa paranaense aguarda com ansiedade uma primeira condenação no STF como prova de “funcionalidade” de todas as esferas de investigação. “Creio que teremos um primeiro semestre com bastante avanço”, prevê . Uma força-tarefa ajudará nos trabalhos na capital federal.
Procuradas, as assessorias da PF e PGR em Brasília, assim como da força-tarefa do MPF de Curitiba, não se manifestaram sobre o assunto.