O ex-gerente de Engenharia e Serviços da Petrobras Roberto Gonçalves (11 de março de 2011 a 3 de maio de 2012), preso nesta segunda-feira, 16, na Operação Corrosão, 20ª fase da Lava Jato, recebeu pelo menos US$ 1,6 milhão em propinas sobre contratos do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro). A revelação foi feita pelo lobista Mário Góes, apontado como operador de propinas na Diretoria de Serviços, pelos investigadores da Lava Jato, e um dos delatores do esquema de corrupção instalado na estatal entre 2004 e 2014.
O relato de Góes teve peso na decretação da prisão temporária - por 5 dias - de Roberto Gonçalves. O executivo também foi citado por mais dois delatores: seu antecessor na gerência executiva de Engenharia, Pedro Barusco, e pelo empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia.
A propina teria sido repassada de conta em nome da off-shore Mayana Trading, mantida no Banco Lombard Odier, e controlada por Mário Góes, para conta indicada por Roberto Gonçalves e que ficaria no Banco Pictet, em Genebra.
“A autoridade policial apresentou cópia dos documentos bancários relativos a essas transferências e que foram apresentados por Mario Frederico Goes, elemento adicional aos meros extratos anteriormente apresentados. De fato, há transferências, ordenadas por Mario Goes (é dele a assinatura em alguns documentos), da conta em nome da Mayana para conta em nome da off-shore Westcross Investments S/A no Banco Pictet.”
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e apoiadores reagem a relatório da PF que indiciou 37. Assista ao Entrelinhas
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Otan diz que uso de míssil experimental russo não vai dissuadir apoio à Ucrânia
Deixe sua opinião