As duas principais operações da Polícia Federal em andamento, Lava Jato e Zelotes, desaguaram em famílias de personagens-chave da política brasileira. Confira a lista de parentes famosos que estão sendo investigados.
Os Silva
Familiares do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva são citados nas investigações das duas operações. O lobista Fernando Soares, delator da Lava Jato e atualmente preso, disse que deu a um amigo do petista R$ 2 milhões, que seriam destinados a uma nora do ex-presidente. Já a Zelotes investiga o recebimento de R$ 1,5 milhão por uma empresa de marketing esportivo do filho de Lula, Luis Claudio Lula da Silva . O dinheiro teria sido repassado por uma empresa de lobby interessada na renovação de uma medida provisória pelo governo federal.
Sobre o caso da nora, o Instituto Lula divulgou nota em que afirma que o ex-presidente “nunca atuou como intermediário de empresas em contratos, antes, durante ou depois de seu governo” e criticou a divulgação do depoimento de Fernando Soares. Já a defesa do filho do ex-presidente citou que a operação da PF é “despropositada” e que “não tem qualquer relação com o objeto da investigação” da Zelotes.
Os Cunha
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é investigado pelo recebimento de US$ 5 milhões em propina de contratos da Petrobras. Os ministérios públicos da Suíça e do Brasil detectaram a existência de contas secretas no nome dele, da mulher, Cláudia Cordeiro Cruz e de uma filha em bancos suíços. Cláudia teria usado parte do dinheiro para pagar aulas particulares de tênis nos Estados Unidos.
Cunha tem reiterado a versão de que ele e a família não possuem contas no exterior.
Os Silva-Hoffmann
Os ex-ministros Paulo Bernardo da Silva e Gleisi Hoffmann são citados em dois braços da Lava Jato. No primeiro, o alvo é a acusação do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa de que R$ 1 milhão desviado da estatal teria sido usado na campanha de Gleisi ao Senado, em 2010. O outro apura suposto desvio em um contrato de uma empresa que fazia empréstimo consignado para funcionários do Ministério do Planejamento, comandado por Paulo Bernardo entre 2005 e 2010.
O casal sempre negou qualquer ligação com Costa e com outro pivô da Lava Jato, o doleiro Alberto Yousseff. Outro ponto da defesa são os depoimentos contraditórios dos delatores sobre a suposta entrega de R$ 1 milhão para a campanha de Gleisi. Também negam qualquer ligação com os contratos do Planejamento.
Os Vargas
Ex-deputado federal pelo PT do Paraná, André Vargas foi o primeiro político condenado em decorrência da Lava Jato, junto com o irmão, León. Segundo a Justiça Federal, ambos estavam envolvidos em um esquema de pagamento de propinas de pelo menos R$ 1,1 milhão, ligados a contratos de publicidade da Caixa e do Ministério da Saúde.
Ambos negaram participação no caso, mas foram sentenciados e presos.
Os Dirceu
Um dos empreiteiros investigados pela Lava Jato, Ricardo Pessoa (dono da UTC Engenharia) afirmou em delação premiada que fez uma doação de R$ 100 mil para a campanha eleitoral do deputado Zeca Dirceu (PT-PR), em 2010. A doação teria sido feita a pedido do pai do parlamentar, o ex-ministro José Dirceu, condenado por envolvimento com o mensalão e preso durante os trabalhos da Lava Jato. Outros quatro delatores da operação afirmaram ter repassado R$ 10 mil cada, nas mesmas circunstâncias.
Em nota divulgada à imprensa em setembro, Zeca reiterou que todas as doações recebidas em 2010 foram legais e aprovadas pela Justiça Eleitoral. Além disso, que o deputado militou pelo fim das doações empresarias durante as discussões da reforma eleitoral, em 2015.
Os Corrêa
Após ser condenado por envolvimento com o mensalão, o ex-deputado Pedro Correa (PP-PE) foi acusado pelo doleiro Alberto Youssef e pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa de receber propinas mensais desviados da estatal. Dois filhos dele, Fabio Correa e a ex-deputada Aline Corrêa (PP-SP),também são acusados de fazer parte do esquema.
Os três prestaram depoimento à Justiça Federal, em Curitiba, em agosto. Corrêa isentou os filhos e disse que “só ele tem responsabilidade pelos fatos”.
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