O juiz Sérgio Moro é que decidirá se o ministro será ou não ouvido.| Foto: UESLEI MARCELINO/REUTERS

Os advogados dos executivos da OAS querem como testemunha de defesa o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Além dele, a defesa pede a convocação da ex-presidente da Petrobras, Graça Foster. Os dois serão ouvidos na ação da 9ª fase de Operação Lava- ato que colocou no banco dos réus o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, o ex-diretor de Serviços da estatal, Renato Duque, os três executivos da OAS — Agenor Medeiros, José Ademário Filho e Mateus Coutinho —, e outros 22 acusados.

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Não é a primeira vez que um ministro é arrolado como testemunha de defesa de um dos empreiteiros acusados de pagamento de propina no esquema de corrupção da Petrobras. Em janeiro, a defesa do presidente da UTC, Ricardo Pessoa, pediu a convocação do titular da Defesa, Jaques Wagner. O juiz federal Sérgio Moro chegou a alertar os advogados por um possível uso do pedido como forma de causar “constrangimento”. A defesa manteve o pedido, mas em março na véspera do testemunho cancelou a oitiva.

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Agora cabe Moro deferir ou não o pedido para que o ministro e Foster sejam ouvidos. Nenhum dos dois foi ouvido até o momento nos processos relativos a Operação Lava Jato. Além deles, foi arrolado como testemunha o ex-presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, que já depôs como testemunha em outras ações penais relacionadas ao esquema de corrupção da Petrobras.

Em fevereiro, Cardozo recebeu em uma audiência em seu gabinete três advogados representantes da empreiteira Odebrecht, envolvida na Operação Lava Jato. Outros encontros com defensores de empreiteiros teriam acontecido. Ele veio a público negar qualquer tipo irregularidade no encontro.