O Ministério Público Federal em São Paulo pediu o compartilhamento de informações da Operação Lava Jato sobre o marqueteiro João Santana para um procedimento que investiga a campanha do prefeito Fernando Haddad (PT) de 2012.
O inquérito foi instaurado em 2015 para apurar supostas irregularidades em pagamentos a uma empresa do marqueteiro vinculados à campanha do prefeito. Haddad e outros integrantes da campanha petista foram ouvidos no ano passado.
A investigação começou antes dos trabalhos da Lava Jato que resultaram na operação Acarajé, na qual foram presos Santana e sua mulher, Mônica Moura, em fevereiro.
O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), ligado ao Ministério da Fazenda, havia detectado movimentações atípicasde empresas de Santana e de Mônica, como envio para o Brasil de recursos de Angola.
O procurador João Francisco Bezerra de Carvalho afirma que o objetivo é esclarecer se a campanha de Haddad foi usada para lavar recursos do marqueteiro.
A campanha do prefeito deixou uma dívida de R$ 21 milhões com o publicitário, que também comandou campanhas de Lula e Dilma.
Os investigadores estranharam a emissão, nas vésperas da votação, de uma sequência de notas fiscais para uma empresa de Santana no valor de R$ 1 milhão cada.
O procurador, porém, diz que não há até agora nenhum indício contra Haddad.
Reportagem da Folha de S.Paulo em 2015 mostrou a suspeita de que os recursos de Angola haviam sido pagos ao marqueteiro por empreiteiras brasileiras que atuam na África.
Outro lado
Haddad, por meio de sua assessoria, afirmou que a contratação dos serviços de Santana em 2012 adotou o o mesmo parâmetro comercial usado pela candidatura de José Serra (PSDB), que perdeu aquela eleição.
A Pólis, de Santana, afirma ser infundada a conexão entre os recursos recebidos da campanha de Haddad e a transferência de Angola.
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