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Prédio da Procuradoria da República em Curitiba, base dos procuradores do Ministério Público Federal que participam das investigações relacionadas a operação Lava Jato | Daniel Castellano / Gazeta do Povo
Prédio da Procuradoria da República em Curitiba, base dos procuradores do Ministério Público Federal que participam das investigações relacionadas a operação Lava Jato| Foto: Daniel Castellano / Gazeta do Povo

Cerveró não pretende recorrer à delação premiada, diz advogado

Preso desde o desembarque no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro na última quarta-feira, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró não pretende recorrer à delação premiada. A prisão do ex-diretor ocorreu após ele retornar de viagem de Londres. Na avaliação da defesa do ex-diretor da área internacional da estatal, não há motivo para que ele faça um acordo de colaboração com o Ministério Público Federal e a Polícia Federal responsáveis pela condução das investigações no âmbito da Operação Lava Jato.

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Preso na Lava Jato, presidente da UTC é autorizado a movimentar contas

Preso na Operação Lava Jato, o presidente da UTC, Ricardo Ribeiro Pessoa, conseguiu da Justiça Federal do Paraná autorização para poder movimentar contas bancárias bloqueadas desde o último mês de novembro. A decisão consta em dois ofícios assinados pela juíza federal substituta Gabriela Hardt, e expedidos nesta segunda-feira (19) aos bancos Bradesco e Citibank.

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Sérgio Mendes tem alta e volta para a carceragem da PF

O executivo da Mendes Junior Sérgio Cunha Mendes recebeu alta nesta segunda-feira (19) do Hospital Santa Cruz e voltou à carceragem da Polícia Federal (PF) em Curitiba. Ele estava internado desde quarta-feira (14) depois de sentir dores abdominais. Cunha foi socorrido por uma ambulância do Samu e levado para o hospital para fazer exames médicos.

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Num gesto sem precedentes na busca por documentos e ativos no exterior, a Justiça brasileira lança uma ofensiva na Suíça e envia ao país europeu uma delegação de oito procuradores e peritos do Ministério Público Federal (MPF) para buscar documentos e extratos bancários que possam reconstruir a relação entre a a Odebrecht e contas de ex-dirigentes da Petrobras bloqueadas na Suíça, caso investigado na operação Lava Jato. Nesta segunda-feira (19), o Ministério Público da Suíça confirmou que garantiu acesso a documentos e extratos bancários sobre suspeitas de pagamentos de propinas que podem confirmar essa relação.

No total, uma delegação oito brasileiros passou a atuar nos escritórios do MP suíço para consultar extratos bancários e documentos reunidos pelos suíços. A delegação é a maior já recebida pela Justiça suíça desde que começou a cooperar com o Brasil em assuntos relacionados com a corrupção, há mais de dez anos. Ao contar com oito integrantes, a delegação ainda revela a dimensão da importância dos arquivos suíços. Entre os integrantes estão os procuradores Orlando Martelo, Eduardo Pelella e Antonio Carlos Welter.

A base da documentação dos suíços é a coleção de extratos do UBS das cinco contas abertas em nome de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras e que acumula um valor de US$ 26 milhões nos bancos suíços. A suspeita é de que o dinheiro viria da Odebrecht. Mas as empresas teriam usado uma ampla rede de operadores e intermediários que estaria dificultando mostrar como ocorreu a relação entre a empreiteira. Por isso, a delegação brasileira em Lausanne ganhou a participação de peritos que vão justamente avaliar cada um dos documentos para traçar o "mapa" da operação e tentar saber se existem indícios de que o dinheiro de fato foi resultado de propinas.

Em novembro, uma primeira viagem de três procuradores indicou que, de fato, os documentos obtidos pelos suíços tinham o potencial de abrir novas áreas de investigação no escândalo da Petrobras. Desta vez, a opção da Justiça foi por fazer uma operação ampla, com um numero maior de pessoas e toda uma semana para consultar os documentos.

Nesta segunda, a reunião serviu para que cada integrante da equipe fosse apresentado e para que uma agenda de trabalho fosse feita. Oficialmente, tanto brasileiros como os suíços se negam a comentar o conteúdo das reuniões ou dos documentos. "Temos instruções para não falar absolutamente nada", declarou Orlando Martello, um dos procuradores da força-tarefa da Operação Lava-Jato.

Do lado suíço, a assessoria de imprensa do MP indicou que "não pode dar qualquer tipo de informação sobre essa investigação". A delegação brasileira ficará em Lausanne até sexta-feira para coletar dados necessários para uma nova etapa do processo no Brasil.

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