Na mesma medida em que os caciques da política nacional se afundam na Lava Jato, o juiz Sérgio Moro vai caindo cada vez mais nas graças da população. Em um ano, a aprovação ao magistrado saltou de 28% para 65%. Na contramão, por exemplo, a reprovação ao presidente Michel Temer (PMDB) já passa de três em cada quatro brasileiros.
Magistrados em alta
Das 20 autoridades citadas na pesquisa, logo atrás do juiz Sérgio Moro com os maiores índices de aprovação aparecem outros dois nomes do meio jurídico: a presidente do Supremo Tribunal Federal, Carmén Lúcia, tem 33%, e o ex-ministro da Corte Joaquim Barbosa figura com 48%.
Pesquisa da consultoria Ipsos realizada no início de fevereiro questionou 1,2 mil pessoas de todo o país sobre a opinião a respeito de 20 personalidades dos meios político e jurídico. Somente Moro, que é o responsável pela Lava Jato na primeira instância, teve apoio da maioria dos entrevistados.
Além disso, em relação a fevereiro do ano passado, a rejeição ao magistrado paranaense caiu de 33% para 26%, enquanto, os 56% que diziam não ter conhecimento suficiente sobre ele para opinar hoje são apenas 9%.
Por outro lado, a impopularidade de Temer cresceu de 61% para 78%. No levantamento, o presidente da República só perde em rejeição para o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (89%) e para o senador Renan Calheiros (82%). Ele é mais rejeitado, inclusive, que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), cujos índices negativos vem caindo: era de 90% em setembro de 2015, de 84% há um ano e agora é de 74%.
Eleições 2018
Dos potenciais presidenciáveis em 2018, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manteve a taxa de rejeição em 66%. Já os principais nomes do PSDB pioraram no levantamento. Nos últimos 12 meses, o índice do senador Aécio Neves foi 51% para 74%), o do senador José Serra de 49% para 66%, e o do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, de 51% a 64%.
A rejeição a ex-senadora Marina Silva (Rede) também teve leve alta: de 52% para 57%.
Metodologia
A pesquisa foi realizada entre os dias 1.º e 11 de fevereiro, com 1,2 mil pessoas, em 72 municípios brasileiros. A margem de erro é de 3 pontos porcentuais.
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