Leia a íntegra da nota divulgada pelo presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar, na qual afirma que "existe uma inequívoca conspiração envolvendo deputados objetivando protelar o julgamento de ações atentatórias ao decoro parlamentar":
"A Presidência do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, tendo em vista as sucessivas manobras protelatórias em curso na Câmara dos Deputados no processo de julgamento de deputados representados por quebra do decoro parlamentar, resolve divulgar, ouvidos os membros do colegiado, as seguintes considerações:
"1 - Existe uma inequívoca conspiração envolvendo alguns deputados, objetivando protelar o julgamento de ações atentatórias ao decoro parlamentar;
"2 - O Supremo Tribunal Federal demonstrou claramente em sua reunião de ontem que não está disposto a dar guarida a tais manobras, negando, por larga maioria, liminar interrompendo o processo contra o Deputado José Dirceu, já em sua fase final no Conselho;
"3 - No presente momento, existem duas ações visando a dar continuidade à postergação dos julgamentos: o Parecer do Deputado Darci Coelho, na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados, com viés jurídico discutível e viés político explícito, buscando retirar a representação contra um dos representados, e uma questão de ordem, dirigida à presidência da Casa, visando cancelar os resultados da última reunião do Conselho de Ética, sempre objetivando protelar o desfecho de seus trabalhos; a segunda ação foi acolhida, obrigando o colegiado a definir novos calendários;
"4 - O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar deixa bastante claro que para cada ação protelatória haverá uma reação enérgica em sentido contrário: estaremos dispostos a trabalhar inclusive aos sábados e domingos no sentido de concluirmos os processos até o dia 20 de dezembro do corrente ano;
"5 - O compromisso do colegiado é com a democracia, com as instituições, com a imagem do Poder Legislativo, com a opinião pública brasileira e com a expressiva maioria dos deputados federais que vêm tendo a sua imagem conspurcada pela ação de uma pequena minoria de parlamentares."
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