• Carregando...

Foram prorrogadas as prisões dos presidentes das duas cooperativas de Minas Gerais, acusadas de adicionar água oxigenada e soda cáustica ao leite. A descoberta da fraude está provocando o aumento da fiscalização da qualidade do produto.

No Sul do estado, fiscais da vigilância sanitária estão percorrendo os supermercados à procura de leite dos lotes interditados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nas cooperativas Casmil, de Passos, e Copervale, de Uberaba.

O engenheiro químico acusado de criar a fórmula para adultar o leite deixou a Penitenciária de Uberaba, na madrugada deste sábado (27). O pedido de prorrogação da prisão temporária dele foi negado pela Justiça.

Vão continuar presos por, pelo menos mais cinco dias, os presidentes das duas cooperativas e o funcionário do serviço de inspeção federal do Ministério da Agricultura -- todos detidos na operação da Polícia Federal, no começo da semana.

A descoberta do leite fraudado no Sul de Minas Gerais trouxe à tona a discussão sobre a qualidade do produto em todo o país.

Outros casos

Em Goiás, foi divulgada uma lista de dezoito marcas reprovadas numa análise encomendada pelo Procon. As amostras foram recolhidas em supermercados de Goiânia.

Álém de excesso de água e soro, quantidade de gordura abaixo do padrão e presença de coliformes fecais e bactérias, no leite de algumas marcas também foi detectado água oxigenada e soda cáustica.

O laudo será encaminhado para Ministério Público Estadual e Federal e Polícia Federal.

Surpresa

No Vale do Taquari, interior do Rio Grande do Sul, uma intrigante descoberta. Através de denúncia anônima, os policiais chegaram até uma fazenda, em Vila Nova.Depois de escavações em cinco pontos numa área de dez hectares, foram encontradas embalagens fechadas de leite e outras vazias de três marcas.

A suspeita é de que 200 mil litros tenham sido enterrados, sem licença ambiental. Exames vão apontar se houve adulteração no produto, que estava dentro da validade.

Segundo a Polícia Ambiental, as embalagens de leite eram da Bom Gosto, Nutrilat e Mumu. A Bom Gosto, que comprou a Nutrilat, informou que vai verificar de quem partiu a determnação de enterrar as embalagens. Os representantes da empresa Mumu não foram encontrados para comentar o caso.

No Rio Grande do Sul, amostras de todas as marcas de leite a venda no mercado vão ser analisadas para verificação da qualidade dos produtos.

O dono do sítio onde o leite foi encontrado é o vice-prefeito José Rodolfo Reis. Ele disse que a área tinha licença para receber resíduos industriais da Nutrilat. Reis informou ainda que a empresa pediu autorização para colocar resíduos e foi autorizada, mas ele não sabia que seria enterrado leite dentro da validade.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]