Afirmando que a sua formação moral e jurídica não permite atacar autoridades no campo pessoal, o governador de São Paulo, Claudio Lembo (PFL), criticou nesta sexta-feira a declaração feita pelo candidato pelo senador de seu partido José Jorge (PE). O senador, que é o vice da chapa do candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB-SP), disse na quinta-feira, na convenção regional do PFL no Distrito Federal, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "não trabalha, viaja muito e bebe muito".
Para Lembo, que fez questão de destacar que a declaração era uma opinião pessoal do senador, reprovou a conduta do colega pefelista.
- Eu costumo preservar as autoridades. Faz parte da minha formação moral e jurídica. As autoridades devem ser fiscalizadas, porém, respeitadas - disse Lembo, durante cerimônia para assinatura de um convênio no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual.
- Eu acho uma frase (a do José Jorge) que deveria ser cuidadosamente proposta. Eu não a faria porque tenho muito respeito às autoridades, particularmente ao presidente da República e aos governadores.
Sobre os ataques feitos pelo PFL no programa de TV contra o governo federal, na quarta-feira, Claudio Lembo disse que se tratavam de críticas "sem adjetivos", mas que se sustentavam inclusive pelo fato de 40 pessoas, entre ministros e assessores ligados diretamente ao presidente, terem sido denunciadas por formação de quadrilha.
- Ali não havia ofensa, mas o registro da verdade - afirmou o governador, que dias atrás teve apoio do presidente Lula contra uma platéia que o vaiava durante uma cerimônia numa refinaria da Petrobras, em São José dos Campos, no interior de São Paulo.
Naquela ocasião, Lula disse que não poderia permitir que num processo eleitoral as pessoas ferissem instituições brasileiras. O presidente arrancou aplausos da platéia e recebeu um abraço de Lembo.
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