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Atualizado em 22/05/2006 às 19h52

O governador de São Paulo, Claudio Lembo (PFL), disse nesta segunda-feira que pode ter havido morte de inocentes "aqui e ali", mas não admite que a polícia paulista tenha feito "matança" de inocentes durante a semana de repressão ao crime organizado no estado.

Ele voltou a dizer que só vai falar sobre a lista dos 109 suspeitos mortos pela polícia depois que todos os inquéritos policiais forem abertos. Lembo deu essas declarações após uma reunião que teve no começo da tarde no Palácio dos Bandeirantes com o presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen.

Também participaram do encontro os senadores Marco Maciel e José Jorge, candidato do PFL a vice na chapa encabeçada pelo ex-governador Geraldo Alckmin para presidente da República. Estavam presentes ainda o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e o deputado federal do Rio Rodrigo Maia.

Segundo Bornhausen, o governador teria sofrido muitas incompreensões da cúpula do PSDB. O próprio governador Lembo confirmou que foram desleais com ele.

- No mundo se sofre muitas deslealdades - disse Lembo, que se recusou a dizer quem foi desleal com ele.

- Como vocês já viram, não gosto da dar listas. Sofri deslealdades de muita gente, mas não vou dar nomes - esquivou-se Claudio Lembo.

Para o governador, o importante é que a direção do PFL está sendo leal.

O presidente do PFL considerou "adequada" a atitude do presidente Lula, que elogiou o trabalho de Lembo à frente do governo estadual durante a crise da violência no estado.

O senador reconheceu que está havendo algumas dificuldades na formatação da aliança nacional do partido para disputar as eleições de outubro.

- Em 1994 não foi fácil. Em 1998 foi menos difícil e agora estamos tendo algumas dificuldades por conta da cláusula de barreiras com o PPS, com o PDT e com o PV. Mas com o PSDB está tudo bem. Vamos formalizar a aliança com o PSDB no próximo dia 29 - disse Bornhausen.

O presidente do PFL, no entanto, fez duros ataques ao presidente Lula, principal adversário da aliança PSDB-PFL.

- Lula foi leniente com a corrupção. Ele é um fracassado na questão da segurança - bateu Bornhausen.

Também o vice de Alckmin, senador José Jorge, criticou o presidente Lula em matéria de segurança pública.

- A questão da segurança é nacional, porque o crime está organizado no país todo. São Paulo sofreu mais porque o governo Lula não liberou recursos para o estado - disse José Jorge, que será o vice de Alckmin.

Depois de saírem do Palácio dos Bandeirantes, toda a cúpula do PFL foi para o escritório de Alckmin, no Itaim Bibi, na zona Sul de São Paulo, onde estão neste momento em reunião.

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