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Leonardo Quintão(ao centro) assume o papel que era de outro Leonardo, o Picciani. | Wilson Silveira/Câmara dos Deputados
Leonardo Quintão(ao centro) assume o papel que era de outro Leonardo, o Picciani.| Foto: Wilson Silveira/Câmara dos Deputados

O peemedebista Leonardo Quintão (MG), acompanhado de deputados do partido, protocolou na manhã desta quarta-feira (9) o documento com 35 assinaturas para a destituição do atual líder do PMDB, L eonardo Picciani (RJ) . A bancada do PMDB possui 66 deputados. “Eu sou o novo líder”< disse Quintão, logo após o protocolo do documento.

A gota d’água para a queda de Picciani foi a condução na escolha da chapa para a Comissão do Impeachment. Alinhado com o Planalto, Picciani não abriu nenhum espaço para parlamentares favoráveis ao impeachment. Todos os seus 16 indicados tinham postura pró-Dilma, segundo os peemedebistas. A chapa acabou derrotada em plenário e os dissidentes peemedebistas que embarcaram na chapa alternativa serão os representantes do partido na comissão. “Ele poderia ter feito um cinco a três. Era razoável. Estaríamos satisfeitos”, diz um dos articuladores do documento que impõe a troca.

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O vice-presidente participou de forma tímida, de acordo com os peemedebistas. Ele foi comunicado durante esta terça-feira da movimentação dos insatisfeitos. Respondeu apenas que desejava a unidade da bancada, o que foi entendido como um sinal verde para os que queriam derrubar Picciani. Na última quinta-feira, segundo interlocutores, o próprio Temer tinha alertado Picciani da necessidade de contemplar toda a bancada na distribuição das vagas da comissão, para garantir a unidade.

A escolha de Quintão para sucedê-lo é o cumprimento de um acordo que havia com o próprio Picciani. Quando foi eleito líder, o deputado fluminense teve o apoio da bancada mineira para derrotar Lúcio Vieira Lima (BA) em troca de apoiar Quintão para o cargo em 2016. No mês passado, porém, Picciani avisou Quintão que desejava continuar na liderança no próximo ano.

A saída de Picciani não significará necessariamente uma debandada de ministros indicados por ele, como Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) e Marcelo Castro (Saúde). Mas, os peemedebistas que constroem a destituição do líder, pretende debater agora na bancada como será a participação no governo.

“Não vai haver rompimento, mas não tem ampliação de conversa”, disse um dos articuladores.

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