Técnicos da CPI dos Correios notaram a perda de apetite dos parlamentares da comissão. Estão em ponto morto os casos PT-Coteminas, CEF-BMG, Furnas e a recém-descoberta conta de Duda Mendonça no exterior. O fenômeno é pluripartidário. Reprise – Veteranos de outras investigações, os técnicos assistiram ao mesmo filme na CPI do Banestado, que acabou sem relatório. Vamos ver – Ainda está na mesa de negociações a escalação de João Santana para a campanha reeleitoral de Lula. Por ora, o marqueteiro vai prestando consultoria ao Palácio do Planalto. Comunidade solidária – O PT planeja gastar R$ 300 mil para fazer seu encontro nacional, em abril. É cerca de 10% do orçamento dos tempos delubianos de fartura. A quadra dos bancários, em São Paulo, será alugada a preço camarada. Tim Maia – Petistas temem que Lula não apareça no encontro, repetindo bolos dados em 2005, como na eleição para renovar o diretório. Está no sangue – A Hemobrás, fábrica de plasma sangüíneo que o governo constrói em Pernambuco, ficará pronta apenas em 2009. Mas já foram criados 55 cargos, nenhum deles concursado. Por um triz – A lâmina da guilhotina passou a milímetros do pescoço do secretário do Tesouro, Joaquim Levy, depois de sua mais recente crítica pública ao Banco Central. Efeito comparativo – O ministro Paulo Bernardo (Planejamento), que provocou algum alvoroço com declarações sobre a possibilidade de antecipação do reajuste do mínimo, brincou com o colega da Fazenda: "Palocci, o Levy pegou bem mais pesado do que eu!".

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SP, 40 graus – Personagem da semana, Geraldo Alckmin rejeita a idéia de que o anúncio da decisão de se desincompatibilizar tenha aquecido demasiadamente a disputa interna no PSDB. "Não estamos na Antártida", diz o governador. "Fazemos política no trópico." Quem dá mais 1 – A despeito de sua lendária vaidade, Nelson Jobim não acredita que possa vencer a eleição para o Planalto. Ao postular a candidatura do PMDB, a meta do presidente do Supremo é ser o "broker" do apoio do partido ao PT ou ao PSDB no 2.º turno. Quem dá mais 2 – No entender de colegas de STF, Jobim trabalha para virar chanceler no próximo governo, seja ele petista ou tucano. Há, porém, quem enxergue outro ministério nos planos do presidente do Supremo, que tem tomado aulas de economia. Emprego estável – Cético quanto às chances reeleitorais de Lula, o PMDB governista quer acumular cargos enquanto é tempo. De preferência nas agências reguladoras, onde o indicado sobrevive à eventual mudança de titular no Planalto. Daí Renan Calheiros não ter sossegado enquanto não colocou Paulo Lustosa na Anatel. Concentração de renda – A expectativa de caudalosa votação para o deputado ACM Neto preocupa outros pefelistas que disputarão vaga na Câmara em outubro. "Quando alguém tem voto demais, dá problema", ensina um cardeal da sigla. Na vitrine – Segundo correligionários, Roberto Freire (PPS-PE) insiste em concorrer ao Planalto por considerar reduzidas suas chances de se reeleger deputado. Diante da perspectiva de ficar sem mandato, teria ao menos a visibilidade da campanha presidencial.

Tiroteio

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Do deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), sub-relator de movimentação financeira da CPI dos Correios, sobre a disposição do governo em colaborar nas investigações sobre as contas de Duda Mendonça no exterior:

– É igual à que o presidente demonstrou quando Mara Gabrilli foi até ele em São Bernardo denunciar o esquema de corrupção em Santo André.