O ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski, revisor do processo do mensalão, votou nesta segunda-ifera (24) pela condenação do ex-deputado federal pelo extinto PL (atual PR) Carlos Rodrigues pelo crime de corrupção passiva. O Ministério Público acusou Rodrigues de ter recebido R$ 150 mil do esquema montado por Marcos Valério para votar a favor de projetos de interesse do governo Lula. Lewandowski, contudo, votou pela absolvição de Bispo Rodrigues, como era conhecido, do delito de lavagem de dinheiro por falta de provas.
No seu voto, o revisor não quis se comprometer com a tese do Ministério Público de que o repasse a Rodrigues serviu para que ele votasse a favor de projetos de interesse do governo. Para o ministro, isso é "irrelevante" para a configuração do crime de corrupção passiva.
Lewandowski lembrou que o próprio ex-parlamentar admitiu ter recebido os recursos, em depoimento à Justiça, na condição de então presidente do partido no Estado do Rio de Janeiro. Foi Célio Marcos Siqueira, motorista do então deputado federal Vanderval Santos (do extinto PL-SP), quem fez o saque na agência do Banco Rural em Brasília e deixou o dinheiro na casa de Carlos Rodrigues.
O ministro livrou Rodrigues da acusação de lavagem de dinheiro por entender que o ex-parlamentar não sabia da origem ilícita do recurso que recebera para saldar dívidas de campanha.
O revisor também votou pela absolvição de Antonio Lamas, ex-assessor do PL, das acusações de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Ele era acusado de ter feito um saque do valerioduto. Antes do início do julgamento, o Ministério Público já havia pedido que o liberasse por falta de provas.
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