O ministro revisor do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, condenou o empresário Marcos Valério e outros três réus do núcleo publicitário do esquema pelo crime de corrupção ativa: Ramon Hollerbach, Cristiano Paz e Simone Vasconcelos. O ministro inocentou, porém, a secretária da empresa de Valério, Geiza Dias, e o advogado de Valério, Rogério Tolentino.
O ministro classificou de "paupérrima" a denúncia do Ministério Público no caso de Tolentino no delito de corrupção ativa. "Ele era advogado e o acompanhava em todas as reuniões. Não era surpreendente que ele fosse par de Valério", disse. O ministro revisor seguiu o ministro relator, Joaquim Barbosa, e absolveu o ex-ministro Anderson Adauto pelo crime de corrupção ativa.
"Estou concordando integralmente com o relator", disse. Ele afirmou que Adauto teria dado telefonema para Delúbio, dizendo que o deputado Romeu Queiroz ia procurá-lo. "Ele fez ponte entre Romeu e Delúbio, mas não significa que Anderson Adauto tenha incorrido no crime. Como se alguém viciado em maconha fosse procurado por alguém que busca entorpecente e diz para buscar o traficante, e liga para procurá-lo", comparou.