Revisor do processo do mensalão, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski afirmou que vai liberar seu voto ainda neste semestre. "Pretendo liberá-lo ainda neste semestre. Agora que saí do Tribunal Superior Eleitoral terei mais tempo para estudar os casos complexos que se encontram em meu gabinete", disse em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

CARREGANDO :)

Lewandowski nega estar segurando o processo ou que pretenda aliviar a situação dos réus. "Jamais retive nenhum processo em 22 anos de magistratura. Meu gabinete é um dos que têm o menor acervo de processos. Ressalto, ainda, que minhas liminares são apreciadas em 24 ou 48 horas no máximo. E mais: ingressei no ano de 2012 sem nenhum voto-vista pendente".

O ministro renunciou ao cargo no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na última quarta-feira (18). Ele assumiu cadeira de ministro substituto no TSE em 2006 e foi eleito ministro efetivo em 2009.Desde abril de 2010, Lewandowski exercia a presidência da Corte Eleitoral, cargo que passou para a ministra Cármen Lúcia. Lewandowski é revisor do processo do mensalão, que tem o ministro Joaquim Barbosa como relator.

Publicidade

O Supremo tem sofrido pressão para que o processo seja colocado logo na pauta de julgamentos e, para isso, depende que Lewandowski libere o processo.

O caso, cuja denúncia foi aceita pela Corte em 2007, refere-se a um suposto esquema que financiava parlamentares da base aliada em troca de apoio político.Entre os réus no processo no estão o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil), o empresário Marcos Valério, o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) e os ex-deputados José Genoino (PT-SP) e Roberto Jefferson (PTB-RJ), autor das denúncias.