O presidente da associação de moradores do Complexo da Mangueira, José Roque Ferreira, disse que a operação policial realizada nesta terça-feira na favela levou pânico à comunidade. Ele acusou a Polícia Civil de ter invadido o morro com truculência, obrigando os moradores a se fecharem em suas casas.
A incursão causou a morte de três traficantes, segundo a polícia. Mas segundo Ferreira, mais duas pessoas teriam sido baleadas no confronto. O presidente da associação disse que a operação colocou em risco a vida dos moradores:
- A maioria dos tiros da polícia partiu do helicóptero e podia ter atingido pessoas comuns. A polícia tem que agir com inteligência.
Ferreira cobrou a presença do Estado na favela, mas não apenas da polícia.
- A gente quer que a Mangueira seja invadida por serviços sociais, para mostrar que realmente as autoridades públicas querem colocar coisas boas na comunidade - disse.
Até o momento, a assessoria de comunicação da Polícia Civil não se pronunciou sobre as acusações do líder comunitário da Mangueira. A ação ocorre no momento em que o Rio recebe reforço de 500 soldados da Força Nacional de Segurança, além do esquema extra de proteção a chefes de Estado que participarão da Cúpula do Mercosul, a cargo do Exército, que patrulha as principais vias da cidade. A Cúpula será realizada na próxima quinta e sexta-feira.
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