Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder da quadrilha que atua nos presídios paulistas, foi transferido para a penitenciária de segurança máxima de presidente Bernardes. Lá, ficará preso em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), no qual são proibidas visitas.
Dez integrantes da quadrilha estavam desde sexta-feira no prédio do Departamento de Investigação sobre o Crime Organizado (Deic). Numa operação inusitada - de levar vários presos perigosos para um único local, fora de uma penitenciária - eles seriam interrogados. Segundo o Deic, a polícia tinha descoberto um plano do grupo, de realizar uma megarrebelião neste domingo, Dia das Mães. Camacho havia sido levado para o Deic na noite de sexta-feira, transportado de avião.
No começo deste mês, a polícia apreendeu 14 granadas de bocal, oito fuzis e uma metralhadora calibre 30 que seriam usados para resgatar Camacho de uma penitenciária em Avaré, a 268 quilômetros de São Paulo, onde ele estava detido. A ação foi a segunda tentativa de resgate ao preso em menos de cinco meses. Foi frustrada por agentes penitenciários e um homem foi preso levando o armamento para a capital. Agentes penitenciários flagraram criminosos cortando grades que dão acesso à penitenciária P-1 de Avaré. O resgate foi frustrado, mas ninguém foi preso. A Secretaria de Administração Penitenciária afirmou que não houve confronto. Apenas uma escada teria sido encontrada no local.
Policiais do Deic tinha ainda apreendido numa rua de acesso à Rodovia Presidente Castello Branco um Vectra preto blindado, com placa clonada. No interior do veículo foi encontrado armamento pesado, de uso exclusivo das Forças Armadas. Entre elas, uma metralhadora americana calibre 30 - que pode ser usada contra aeronaves - e 14 granadas de bocal. Elas podem ser lançadas de fuzis, como se fossem morteiros, segundo a polícia. Quatro delas eram granadas antitanque; as demais, projetadas para ataque a tropas a pé. Também foram apreendidos sete fuzis de assalto: um AK-47 russo, um M-16 e três Ruger americanos e dois Fal - produzidos no Brasil e usados pelo Exército. Além de uma submetralhadora FMK argentina.
Segundo o delegado Godofredo Bittencourt, diretor do Deic, o alvo do resgate era justamente Camacho. Segundo ele, de 15 a 20 pessoas participariam do resgate.
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