Caiado: Planalto não pode deixar que suspeitas sobre o ministro contaminem o novo governo.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), defendeu nesta segunda-feira (23) o afastamento do ministro do Planejamento, Romero Jucá. Para Caiado, denúncias contra atos individuais devem ser tratados “longe da administração pública” para que a “credibilidade do governo” não seja comprometida.

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Em reportagem publicada pela Folha de S.Paulo nesta segunda (23) Jucá aparece em uma gravação conversando com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado sobre a necessidade de uma mudança no comando do governo federal para que fosse feito um “pacto para estancar a sangria” representada pela Operação Lava Jato, que investiga ambos.

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Em nota, Caiado afirmou que a população saiu às ruas “para conter um processo de corrupção, apoiar a Lava Jato e buscar um novo governo”. “Se no decorrer deste momento problemas surgirem, deverão ser tratados com rigor. Qualquer denunciado tem a obrigação e o direito de se defender das acusações que recaem sobre ele. Mas esses atos individuais deverão ser tratados longe da administração pública para que a reestruturação e a credibilidade do governo não sejam comprometidas”, afirmou.

De acordo com Caiado, o governo Dilma Rousseff “é um exemplo claro de perda de confiança da população por deixar que problemas individuais contaminassem o governo”, disse.

Gravados de forma oculta, os diálogos entre Machado e Jucá ocorreram semanas antes da votação na Câmara que desencadeou o impeachment da presidente Dilma Rousseff. As conversas somam 1h15min e estão em poder da PGR (Procuradoria-Geral da República).

O advogado do ministro do Planejamento, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou que seu cliente “jamais pensaria em fazer qualquer interferência” na Lava Jato e que as conversas não contêm ilegalidades.

Jucá disse nesta segunda (23) que não pensa em pedir demissão do cargo e que está “tranquilo” em relação ao teor das conversas divulgadas pela Folha de S.Paulo em que ele fala em “estancar a sangria” da Operação Lava Jato.

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