O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou que o governo tem pressa para concluir o processo de impeachment “pro bem ou pro mal”. A comissão especial que foi eleita no ano passado tinha maioria oposicionista, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a realização de uma nova eleição com uma chapa única indicada pelos líderes, cenário que é mais favorável à presidente Dilma Rousseff.
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“É fundamental nós virarmos essa página do impeachment. Há uma decisão de mérito do Supremo, há um rito estabelecido e nós temos pressa de virar essa página, pro bem ou pro mal. Não tem que ficar discutindo só isso o tempo todo. O país não quer ficar preso a isso”, afirmou o líder de Dilma na Câmara.
O petista disse ainda haver celeridade na definição sobre o afastamento ou não de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da Presidência da Câmara, decisão que caberá ao STF.
“O país não pode ficar sendo presidido por essas questões. Tem que resolver logo essa questão do impeachment e a questão do Cunha, temos que vencer isso logo”, disse.
Guimarães diz que a intenção é implementar em 2016 uma agenda de retomada do crescimento deixando para trás o discurso do ajuste fiscal. Disse que novas medidas econômicas serão discutidas pelo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, nesta quinta-feira com o Conselhão e na próxima terça-feira com os líderes da base.
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Leia a matéria completa“Esse é o ano da retomada, de virar a página do ajuste fiscal e fazer a retomada do crescimento”, afirmou.
Guimarães defendeu a intenção do governo de recriar a CPMF. Disse que a intenção será vincular os recursos para as áreas de seguridade social e saúde e repartir parte das receitas com estados e municípios. Tratou ainda como medida importante para a melhora na economia a aprovação da MP que trata dos acordos de leniência, mas afirmou que o texto final ainda será debatido no Congresso.
O petista comentou também a situação do ministro Marcelo Castro (Saúde), desgastado pelas frases polêmicas e os problemas no combate ao mosquito Aedes Aegypti, que transmite dengue, chikungunya e o vírus zika. Guimarães afirmou que não há problema na relação do ministro com o governo e que há apoio para que continue a frente do enfrentamento da crise na área.
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