O coordenador do Movimento Brasil Livre (MBL) no Paraná, Eder Borges, foi entrevistado ao vivo pela equipe da Gazeta do Povo para falar sobre as manifestações deste domingo (13). Durante a entrevista, ele falou sobre a expectativa do movimento, criticou a presidente Dilma Rousseff (PT) e o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB) e disse que sua filiação ao PSC é apenas formal.
Segundo Borges, a intenção do MBL é fazer o Brasil “começar de novo” após escândalos envolvendo a classe política. “Nós desejamos limpar o Brasil, porque este foi um país que deu errado e que tem que começar de novo”, protesta.
De acordo com ele, a expectativa é de que a manifestação seja maior que as de 15 de março do ano passado, quando esses movimentos levaram cerca de 80 mil pessoas às ruas em Curitiba. “Será o fim da era PT e início de um novo Brasil”, declarou.
Ele disse, ainda, que ficou “emocionado” com o que viu no início dos protestos. “O Brasil hoje está lindo. Ao passar pela praça vi muitas pessoas já se reunindo mesmo com o friozinho que está agora. Isso tem que ser suficiente, porque em tese o patrão do político é o povo e isso deve pressioná-los”, disse.
PSC
Apesar do MBL ser um movimento que se autodeclara apartidário, Borges é filiado ao PSC. “Há partidos de cartório e o PSC é um partido de cartório. Não penso em questões partidárias. Estou filiado por estar”, disse. Vale lembrar que, pela legislação brasileira, nenhum cidadão pode se candidatar a cargos públicos sem estar filiado a um partido oficial.
Com a declaração de que “nenhum partido me representa”, o coordenador do MBL terminou dizendo que “a cortina de fumaça vai cair” porque “toda forma de corrupção é abominável, mas a bola da vez é a Dilma e o PT”. Borges ainda disse acreditar que o presidente da Câmara também sofrerá punições: “O Cunha (também) vai cair”, afirmou.
Colaborou Beatriz Peccin
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião