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BRASÍLIA - O líder do PMDB, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), afirmou que, caso o ministro da Educação, Cid Gomes, permaneça no governo, seu partido deixará a base de apoio à presidente Dilma Rousseff. Picciani, que havia cobrado, da tribuna, a demissão de Cid, voltou a afirmar, em entrevista, ele não tem condições de permanecer na função.

— Caso permaneça ministro do governo, não há espaço para nosso partido na base. Não participaremos de nenhuma reunião com ele — afirmou.

Perguntado se isso se tratava de um recado à presidente, Picciani foi taxativo:

— A fase de recados já passou. Estamos fazendo uma afirmação. Ele não tem condição moral para ficar.

Cid deixou o plenário da Câmara antes chegasse ao fim a sessão para que prestasse esclarecimentos. O deputado Sérgio Zveiter (PSD-RJ) da tribuna chamou o ministro de palhaço. Cid pediu respeito:

— O senhor me respeite.

Mas o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), cortou a palavra de Cid.

__ V. Excia. não é parlamentar para usar da palavra.

Depois dessa intervenção, Cid se retirou.

Numa saída tumultuada, ao ser questionado se deixaria o Ministério, Cid não disse se pediria demissão:

— A presidente Dilma resolverá. O lugar é dela, sempre foi dela e eu aceitei para servir porque acredito — afirmou.

— Se eu fosse pedir demissão, não poderia, por dever de ética, antecipar essa possibilidade. Seria uma descortesia com quem me convidou.

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