O líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR), disse nesta terça-feira (10) que há risco de o ex-diretor da Petrobras Renato Duque fugir do país, como o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no processo do mensalão e que fugiu para a Itália.
Ao comentar a decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de manter Duque em liberdade, Bueno alertou para o risco de o investigado seguir os passos de Pizzolato.
A prisão de Duque havia sido decretada pelo juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal do Paraná, com a alegação de que havia risco de fuga. Segundo o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, um dos delatores do petrolão, Duque teria recebido entre US$ 40 milhões e US$ 50 milhões em propina em contas na Suíça e cerca de R$ 12 milhões no Brasil.
"Espero que não se repita o triste episódio que envolveu o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, que foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão no caso do mensalão e em setembro de 2013 fugiu para a Itália usando um passaporte falso. Ele está há um ano e meio na Itália e nada do Brasil conseguir a extradição do mensaleiro", lamentou o líder do PPS.
Para Rubens Bueno, Duque, em parceria com o tesoureiro do PT João Vaccari Neto, são peças fundamentais no esquema que assaltou a Petrobras e desviou mais de meio bilhão de reais para o caixa do PT. "Vamos aproveitar a CPI da Petrobras para desvendar mais detalhes sobre a participação dos dois no petrolão", adiantou.
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